Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participaram de uma manifestação neste domingo (15), nas ruas do Centro de Londrina. O carro de som e camisas nas cores da bandeira dominaram a paisagem, mas as máscaras nos rostos deram o tom da preocupação com a ameaça do coronavírus. A organização, promovida por seis grupos, distribuiu o acessório médico, mas a pandemia mundial não dissipou os idosos, principal grupo de risco. “Procuramos concentrar por menos tempo, mas felizmente a situação da doença do município está controlada, conforme as próprias autoridades informam, por isso decidimos manter a manifestação. Elas ocorreram em todo o País de forma pacífica e organizada”, afirmou o publicitário Ricardo Correa, do grupo Nas Ruas.

Imagem ilustrativa da imagem Ato pró-Bolsonaro coloca londrinenses na rua, apesar do coronavírus
| Foto: Roberto Custódio

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Basicamente a pauta dos manifestantes era de apoio ao governo, mas entre mensagens a favor da prisão após condenação em segunda instância e contra a corrupção, havia faixas pedindo intervenção militar, além do fechamento do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal). Presente ao ato, o deputado federal Filipe Barros (sem partido) ressaltou que aquelas mensagens não refletiam sua opinião. “Estou tranquilo porque vejo que as pessoas estão se manifestando, apoiando o governo, mas não apoio qualquer ação que agrida a Justiça ou ao Legislativo, do qual faço parte”, ressaltou. O parlamentar fez questão de gravar enviar um vídeo da manifestação para Bolsonaro.

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| Foto: Roberto Custódio

Frequentador das manifestações pró-governo, o ambulante Rony Santos viu no ato uma chance de ganhar dinheiro. Ele ofertava garrafas de água e camisas verde e amarelas. “Sempre venho, mas desta vez o movimento está fraco. Acho que as pessoas realmente estão com medo do vírus. Sou apoiador do Bolsonaro, não participo e nem vendo em protestos de esquerda”, explicou.

Já o engenheiro Nilton Capucho, que estava acompanhado da mulher, a empresária Angélica Capucho, opinou sobre o cenário político. “Vivemos um momento de liberdade e precisamos nos posicionar. Sou contrário a essa espécie de parlamentarismo branco que o Congresso impõe ao governo. O presidente precisa ser respeitado, as instituições precisam funcionar cumprindo seus papeis, mas não devemos radicalizar ou falar em ditadura isso não é bom, não importa o lado”, ponderou.

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