Imagem ilustrativa da imagem UEM desenvolve biocurativo para tratamento de queimaduras
| Foto: Divulgação - UEM

Maringá - O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UEM (Universidade Estadual de Maringá) desenvolveu o "Biocurativo constituído de Biofilme de Sericina contendo Sulfadiazina de Prata para o tratamento de queimaduras". O produto apresenta flexibilidade no tamanho, podendo ser aplicado em superfícies com feridas de diversas extensões. O biocurativo está, desde 2019, em fase de concessão de patente pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

O produto é uma pesquisa de doutorado de Ana Paula Sone, com a orientação do professor Marcelino Luiz Gimenes. Conta ainda com a parceria do pesquisador Camilo Freddy Mendonza Morejon, da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), O biocurativo contém propriedades terapêuticas para o tratamento de queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau.

Sone explica que o biofilme possui em sua estrutura a sulfadiazina de prata, principal responsável pelo princípio ativo no biocurativo, cujos atributos conferem ao produto propriedades farmacológicas diferenciadas quanto à qualidade estética do produto, comprovada pela manutenção da cor do biofilme durante o tratamento. Ainda segundo a pesquisadora, o biocurativo possui propriedades mecânicas compatíveis ao tratamento de queimaduras e também há propriedades farmacológicas com maior tempo de atuação, favoráveis ao tratamento.

“Em todos os casos estudados, o biofilme de sericina dotado de princípio ativo para o tratamento de queimaduras possui maior funcionalidade e maior desempenho que os fármacos convencionais”, esclarece Sone.

BARREIRA

Outros diferenciais do biocurativo é que ele possui propriedade de barreira para evitar a proliferação e controle de micro-organismos; capacidade de manutenção da umidade e hidratação da ferida que contribui com o processo de regeneração das peles lecionadas por queimaduras; e ainda contém capacidade de diminuição dos traumas gerados no tecido ou na pele lecionada, no processo de manutenção ou troca do biocurativo.

Dessa pesquisa originou o "Processo para a produção de Biofilme de Sericina para bandagens", que também encontra-se em fase de concessão de patente.

A invenção apresenta um novo processo visando a produção de biofilme de sericina para bandagens ou curativos permitindo o tratamento diferenciado de queimaduras. O processo utiliza de matéria prima proveniente dos resíduos da indústria de fio de seda, no fluxo do processo, nas condições operacionais e no arranjo diferenciado do processo que propicia a produção de biofilme de sericina para ser utilizado em bandagens ou curativos. (Com informações da UEM)