Muitas pesquisas apontam que os sintomas na função motora associados à Doença de Parkinson podem ser atenuados por meio de exercícios físicos. Um desses estudos, intitulado Park-in-Shape, publicado na Revista The Lancet, mostrou que a atividade física moderada e de alta intensidade pode ser feita em casa pelos portadores da doença, possibilitando uma melhora evidente da função motora. Um segundo estudo, publicado em fevereiro deste ano, a partir dos exames feitos pelo Pak-in-Shape, provou que os exercícios aeróbicos modificam algumas conexões cerebrais em circuitos motores e cognitivos sugerindo estimular a neuroplasticidade, tornando-a mais duradoura.

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. | Foto: iStock

Esse último estudo fez experimentos com exercícios aeróbicos de intensidade progressiva - de acordo com critérios de frequência cardíaca e demanda metabólica – e foram avaliados por escalas de exames neurológicos e de ressonância magnética funcional.

“A manutenção dos exercícios físicos, pelo menos cinco vezes na semana, junto com a reabilitação, é fundamental para melhorar a função motora e desacelerar a progressão da doença. Há sintomas que só melhoram com a reabilitação, que deve feita com fisioterapia e outras terapias complementares, como fonoaudiologia e terapia ocupacional”, explica a neurologista do Hospital INC (Instituto de Neurologia de Curitiba), Marcela Cordellini, especialista em Doença de Parkinson.

Neste sábado (9), a partir das 9h30, em Curitiba, o INC promove um evento em celebração ao Dia Mundial do Parkinson – cuja data oficial é comemorada no dia 11 de abril - com uma programação voltada para tirar dúvidas de pacientes, cuidadores e familiares. O evento é aberto à comunidade e busca esclarecer as formas de prevenção, sintomas e diagnóstico da doença, e também apresentar uma aula prática com fisioterapeutas especialistas em tratamento de reabilitação de Parkinson. As inscrições podem ser feitas no www.eventosinc.com.br

Com uma taxa de incidência de 1,5% da população acima de 65 anos, a Doença de Parkinson, que é progressiva, é a segunda patologia neurodegenerativa mais comum. Embora seja mais frequente a partir dos 60 anos de idade, já é considerada a ocorrência da doença a partir do 50 anos. O Parkinson precoce também existe em pessoas abaixo dos 40 anos, mas são casos raros. (Com informações do INC)

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