Desde o início do ano até 17 de maio, o Brasil registrou 3.452 mortes por Covid-19 e mais de 590 mil novos casos, segundo dados da Plataforma Coronavírus, do Ministério da Saúde. Embora o cenário da doença não esteja tão grave quanto em 2020, ela ainda é uma ameaça para a saúde pública. Por exemplo, este ano, a Covid causou mais mortes do que a dengue, com 3.400 óbitos contra 2.715. Os estados com os maiores índices de casos são São Paulo, Minas Geerais e Rio Grande do Sul

'É importante ressaltar que, embora a pandemia tenha acabado, o vírus causador da doença, SARS-CoV-2, ainda está em circulação. Tendo se adaptado aos humanos, ele é mutante e, por isso, está em constante evolução, fato que favorece o surgimento contínuo de novas variantes. Desse modo, não podemos deixar de nos vacinar com vacinas atualizadas, tanto contra a Covid-19 quanto contra outras doenças infecciosas. A vacina ainda é a melhor estratégia para o combate ao vírus", afirma Sérgio Cimerman, vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

Desde o início do ano, a vacina contra Covid passou a fazer parte do PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde. A medida foi tomada com base em evidências científicas mundiais e dados epidemiológicos de casos e óbitos pela doença no país. Agora, a nova vacina atualizada acaba de chegar e está disponível nos postos de saúde para os grupos prioritários, como pessoas com 60 anos ou mais, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, que devem receber duas doses anuais, além de populações mais vulneráveis a complicações da doença.

COVID LONGA

De acordo com informações do MS e estudos recentes da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e da OPAS/OMS, entre 10% e 20% dos pacientes recuperados da Covid podem desenvolver a Covid longa, também conhecida como Síndrome Pós-Covid. Isso pode afetar entre 2,8 milhões e 5,6 milhões de brasileiros.

A Covid Longa se caracteriza por uma variedade de sintomas (mais de 200 registrados) que podem persistir ou aparecer até três meses após a infecção inicial, incluindo problemas respiratórios, neurológicos e psicológicos. Esses sintomas prejudicam significativamente a qualidade de vida dos pacientes, afetando suas atividades diárias, desempenho profissional e interações sociais por meses após a infecção primária.

As sequelas apareceram em pacientes que tiveram Covid-19 leve ou assintomática, moderada ou grave, e em todas as faixas etárias de 18 a 94 anos. Dentre os que tiveram quadro assintomático ou leve, 59% desenvolveram manifestações da covid longa.

O Ministério da Saúde tem reconhecido a necessidade de criar protocolos específicos para monitoramento e tratamento desses casos. Estudos recomendam uma abordagem multidisciplinar para a reabilitação, especialmente para populações vulneráveis, que muitas vezes têm menos acesso a cuidados de saúde. Além disso, iniciativas legislativas como o Projeto de Lei nº 5.026/2020 estão sendo discutidas para assegurar assistência contínua aos pacientes com sequelas da Covid-19 .

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VACINA ATUALIZADA

Para garantir que as vacinas contra a Covid-19 proporcionem a resposta imunológica mais adequada contra as variantes dominantes do vírus em circulação, agências reguladoras, como OMS e FDA, recomendaram a atualização das vacinas para uma composição monovalente específica.

No Brasil, a vacina atualizada protege contra as sublinhagens Ômicron XBB e cepas atualmente circulantes do vírus SARS-CoV-2, incluindo JN.

De acordo com o Ministério da Saúde, as 12,5 milhões de doses da vacina atualizada serão destinadas ao PNI e poderão ser aplicadas em bebês a partir dos 6 meses de vida. Aqueles não vacinados de 6 meses a menores de 5 anos sem infecção prévia conhecida por SARS-CoV-2 devem receber duas doses do imunizante. Dose de reforço anual será aplicada gratuitamente para grupos prioritários acima de 5 anos de idade, com intervalo mínimo de 3 meses do recebimento da última dose de qualquer vacina Covid-19. Imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes/puérperas e idosos com 60 anos ou mais devem ser imunizados com duas doses anuais, com intervalo mínimo de 6 meses entre cada aplicação.

“A possibilidade de apoiar o Ministério da Saúde por meio da parceria com a Adium-Moderna é motivo de orgulho para a empresa. Estamos disponibilizando para a população brasileira a vacina mais atualizada para Covid-19, que possui alta qualidade, segurança e eficácia”, afirma Glaucia Vespa, Diretora Médica regional da Adium para vacinas na América Latina, em parceria com a Moderna.

CAMPANHA VACINA BRASIL

Com apoio da SBI, a Adium (grupo farmacêutico com presença em 18 países da América Latina), está promovendo a campanha Vacina Brasil. A iniciativa visa conscientizar a população sobre os riscos atuais da Covid-19, a importância da vacina na prevenção da doença e suas formas graves, ampliar a taxa de vacinação no Brasil e, assim, contribuir para a melhoria da saúde pública.

(Com informações da assessoria)