No momento em que Londrina registra 29 mortes por dengue, o maior índice do Paraná, a AML (Associação Médica de Londrina) alerta: os pacientes ainda subestimam os sintomas da doença. Para debater o avanço desta epidemia tão preocupante, o tema do próximo “Encontros AML” será “Dengue: conhecer, proteger e cuidar”. Em formato de live, a conversa com especialistas será na quarta-feira (15), a partir das 20h, nos canais da Associação Médica de Londrina no YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=LJ-WHb356SA) e Instagram (https://www.instagram.com/aml_oficial_londrina/)

A live será mediada pela pediatra Najat Nabut, secretária geral e diretora do Departamento de Pediatria da AML, que irá conversar com a infectopediatra Jaqueline Dário Capobiango, doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Londrina, docente do Departamento de Pediatria da UEL e coordenadora de Residência Médica do Hospital Universitário (HU), e com o farmacêutico Felipe Remondi, doutor em Saúde Coletiva, chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 17ª Regional de Saúde de Londrina.

Segundo Capobiango, as pessoas não podem mais subestimar os sinais de alarme da dengue, que incluem tontura, queda de pressão, vômito, dor de barriga, cansaço para respirar, entre outros. “A dengue não é uma virose qualquer, ela é uma doença que engana”, alerta a infectopediatra.

“Não pode achar que depois que a febre baixar já está tudo bem. É nesse momento que o paciente precisa ser reavaliado para dar seguimento ao tratamento da forma correta”, reforça a coordenadora de Residência Médica do HU.

LEIA TAMBÉM:

= Londrina registra em cinco meses mesmo número de mortes por dengue de todo 2023

TECNOLOGIA

O farmacêutico Felipe Remondi lembra que, apesar do aumento no número de casos e mortes por dengue em todo o país, a tecnologia não tem avançado na mesma velocidade para controlar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.

“Apesar do controle de criadouros domiciliares ser eficaz, a pesquisa mostra que o mosquito tem se adaptado cada vez mais ao meio. As prerrogativas mudaram e o Aedes cria novos mecanismos para se alastrar cada vez mais longe, chegando em locais onde não estava antes”, explica.

Além da vacina Qdenga, do laboratório Takeda, disponível no SUS (Sistema Único de Saúde), e da vacina do Instituto Butantã, o farmacêutico cita o método Wolbachia, que atua no mosquito. Esse método deve começar a ser aplicado em Londrina em julho.

Em seu trabalho diário na Vigilância, ele percebe que os profissionais de saúde muitas vezes não prescrevem o volume adequado de hidratação e não fazem por via endovenosa, quando necessário. “Este é um ponto muito importante a ser debatido dentro do contexto da dengue. Como a quantidade de água que deve ser ingerida durante o tratamento é muito grande, muitos pacientes evoluem com gravidade, chegando aos hospitais terciários numa condição difícil de manejar”, informa.

QUESTÕES

Durante a live, os especialistas irão aprofundar essas e outras questões como:

– Quais sinais indicam um caso grave de dengue?

– Devo voltar ao serviço de saúde após melhorar da febre?

– Fiz o teste de farmácia e deu negativo, posso ficar tranquilo?

– Comer inhame cura a dengue?

– Veneno resolve? Por que não fazemos fumacê?

– Esse ano temos mais casos graves e óbitos, a doença está mais grave?

– O que pode ser feito de novo para prevenir a doença?

– Se eu tiver dengue, quando posso ficar tranquilo ?

– A dengue grave, antes chamada de dengue hemorrágica, sempre tem sangramento ?

– Existem pessoas com maior risco de ter dengue grave?

– A dengue na criança é diferente da dengue no adulto?

– A vacina protege contra a dengue?

– Por que algumas pessoas não podem tomar a vacina de dengue?

Essas e outras perguntas serão respondidas em linguagem fácil e acessível durante o encontro virtual promovido pela AML.

(Com informações da assessoria)