Morreu nesta quarta-feira (11), em Curitiba, o jornalista Luiz Geraldo Mazza, aos 93 anos. Ele estava internado no hospital São Lucas, há 60 dias. Considerado uma referência para o jornalismo paranaense, Mazza era colunista de política da Folha de Londrina desde 1970 e comentarista da Rádio CBN Curitiba.

Foram mais de 70 anos de carreira. Sua chegada na imprensa foi feita de forma quase que natural em seu tempo. Apaixonado pelas letras, viu no Direito a sua formação intelectual. Diplomado em 1954 na Universidade Federal do Paraná, já ocupava as páginas nos jornais.

Pode-se dizer que trabalhou em quase todos os jornais que circularam no Estado. Estava na primeira equipe do extinto “Diário do Paraná”, do grupo dos Diários Associados de Assis Chateaubriand. Também fez carreira no “Última Hora”, de Samuel Wainer, e teve coluna semanal na “Folha de São Paulo”, somente para listar alguns.

No jornalismo, exerceu todas as funções: repórter, chefe de reportagem, editor, chefe de redação. Mas, como colunista de opinião, ganhou boa parte da vida. Na TV, também fez história, desde os primórdios, até dirigir, por dez anos, o telejornalismo da TV Paranaense Canal 12.

A longa experiência de Mazza no jornalismo de opinião fez com que se confrontasse com os mais diferentes governos, nas mais diferentes épocas. Durante a Ditadura Militar (de 1964 a 1985), impedido de exercer suas atividades, atingido por um ato institucional e respondendo a um processo militar, foi convidado pelo então proprietário da Folha de Londrina, João Milanez, para assinar sua coluna no jornal. A decisão, à época, de trazer Mazza para a FOLHA, sempre foi motivo de orgulho para a empresa.

O velório de Luiz Geraldo Mazza acontece das 9h às 17h, na Capela 3 da Unilutus, no bairro São Francisco, em Curitiba, cidade onde o parnanguara viveu desde os nove anos de idade. O enterro será no Complexo Cerimonial de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.