O plenário da Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira (20) a subemenda substitutiva geral ao projeto de lei que autoriza a desestatização da Ferroeste. Apesar de ter defendido mais diálogo em relação à proposta, que tramitou em regime de urgência, a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) considerou importante a inclusão de emendas que estabelecem algumas exigências para a efetivação da operação. Em especial, as garantias de que o trecho ferroviário entre Cascavel e Guarapuava siga em funcionamento e de que sejam mantidos os atuais contratos de cessão de uso do Terminal Ferroviário de Cascavel, em que 14 indústrias e cooperativas da região Oeste mantêm estruturas com capacidade de armazenamento de 600 mil toneladas.

A Federação reforça seu posicionamento de que a busca por soluções para a Ferroeste e as discussões sobre os próximos passos para a desestatização da empresa devem estar atreladas às definições sobre o futuro da Malha Sul. Por isso, a Fiep pede maior diálogo e alinhamento entre os governos federal e estadual, embarcadores e o setor produtivo na busca de uma solução simultânea que possibilite melhorias e mais eficiência para o sistema ferroviário paranaense como um todo.

Para a Federação, o grande problema atual da Ferroeste, que administra o trecho de 248 quilômetros entre Cascavel e Guarapuava, é a dificuldade de integração com a Malha Sul, operada pela Rumo Logística, responsável, entre outros trechos, pela ligação de Guarapuava a Paranaguá. Isso tem dificultado a chegada de cargas do Oeste do estado ao porto por via férrea, aumentando custos para o setor produtivo da região.

A Fiep defende, ainda, que essa solução simultânea estabeleça uma série de requisitos com foco no aprimoramento do sistema ferroviário paranaense, estabelecendo contratos de concessão que definam parâmetros de desempenho para os operadores, incluindo volume de cargas a ser transportado, transit time – que é o tempo entre carga e descarga – e investimentos previstos. (com assessoria Fiep)