Junho começa com os auspícios da Festa do Padroeiro de Londrina - o Sagrado Coração de Jesus Cristo - que será homenageado nesta sexta-feira (7) e sábado (8) no entorno da Catedral Metropolitana. A festa aquece a cidade com a tradição que marca o mês com a fé , além de comidas e bebidas especiais, um toque de vida do interior no centro da cidade de mais de 550 mil habitantes que reúne, nesta data, fiéis acostumados à celebração que já atravessa décadas.

O data movimenta o centro por seu aspecto religioso, mas convida a uma integração comunitária animada também por música, barracas com gastronomia típica e a expectativa das famílias, com avós, pais e filhos dando início aos festejos de junho a partir da homenagem ao seu santo maior.

A alegria ainda continua nas datas em que são celebrados Santo Antônio (no dia 13); São João (no dia 23) e São Pedro (no dia 29), quando não só a Catedral, como várias paróquias da cidade, promovem festas (confira o roteiro nesta edição da FOLHA).

As festas juninas são realizadas por brasileiros de norte a sul, com cada região promovendo encontros que chegam a reunir milhares de pessoas em quadrilhas consagradas como grandes eventos culturais.

Só em Londrina cerca de trinta paróquias vão promover festejos este ano, além da região metropolitana que também entra no clima com homenagens aos santos que se estendem até julho porque, já há algum tempo, as festas juninas se transformaram em festas julinas, como se um mês fosse pouco para tanta devoção.

A economia também é aquecida nestas datas com centenas de pequenos comerciantes oferecendo produtos que integram a culinária cabocla. Do milho verde à paçoca, da pipoca ao quentão, os ingredientes típicos exigem pessoas que saibam preparar as receitas com "cara" de São João.

Além dos festejos ligados à igreja, dezenas de associações, clubes, bairros e até shoppings realizam suas próprias festas. É impressionante a diversidade de locais que abrem e fecham o mês de junho em torno quadrilhas e fogueiras em Londrina ou nos distritos rurais.

Se os fogos de artifício já não são indicados nas festanças urbanas, para impedir o excesso de ruídos, o que não falta é alegria entre as pessoas que celebram a fé com as imagens dos santos tremulando nos mastros, um modo simples de viver a tradição que tem a atmosfera da infância revisitada a cada ano. Afinal, quem não se lembra da avó preparando o bolo de milho ou dos primos soltando bombinhas enquanto os pais criavam a atmosfera da festa junina ali mesmo, no bairro ou no quintal?

Estas festas cresceram e se tornaram cada vez mais populares, saindo do circulo familiar para o calendário cultural que torna mágicas as noites mais frias. Assim, a tradição, trazida pelos colonizadores portugueses, foi se tornando cada vez mais brasileira em torno das mesas onde não podem faltar o curau, a pipoca, a canjica e o quentão.

E viva Santo Antônio, São João e São Pedro!

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