Depois de anos de entraves, enfim as obras da Cidade Industrial de Londrina tomam forma. A construção ultrapassou os 50% de execução. Com um orçamento de R$ 37,7 milhões, o empreendimento está situado no prolongamento da Avenida Saul Elkind e se estende por uma área de 395 mil metros quadrados. Com previsão para abrigar 90 lotes, o condomínio industrial promete impulsionar o crescimento econômico e gerar empregos, com uma estimativa de criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho.

Ao lado deste projeto, surge o Trem Pé-Vermelho, um ambicioso plano de conectar Londrina a Maringá por meio de uma linha ferroviária de passageiros, reforçando a integração entre as duas principais cidades do interior do Paraná. Ambos os projetos são fundamentais para criar um corredor de desenvolvimento regional, beneficiando também as cidades localizadas ao longo do ramal de mais de 100 quilômetros entre as duas metrópoles.

Em sua coluna publicada nesta edição da FOLHA, o economista Marcos Rambalducci cita o exemplo de Copenhague e Malmö, que se consolidaram como um hub regional de inovação após a construção da ponte de Öresund. Ele avalia que o Trem Pé-Vermelho tem o potencial de transformar a dinâmica econômica entre Londrina e Maringá. Ao facilitar o fluxo de pessoas e ideias, a linha ferroviária pode promover uma cooperação inédita, estimulando a inovação, atraindo investimentos e promovendo a mobilidade de talentos e conhecimento entre as cidades.

A execução e o sucesso desses empreendimentos enfrentam desafios. No caso da Cidade Industrial, o gerenciamento eficaz para se evitar mais atrasos no cronograma é fundamental. Para o Trem Pé-Vermelho, ainda em fase de estudos de viabilidade, é necessária uma forte articulação política entre os municípios e o Estado junto à União.

A união de esforços entre o setor público, privado e a sociedade civil será fundamental para superar os desafios e transformar essa visão em realidade, promovendo um desenvolvimento regional integrado, sustentável e inovador.

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