Embora geograficamente distantes do Brasil, a Faixa de Gaza e a Ucrânia protagonizam cenas brutais de de violência e mortes que impactam os brasileiros, diante da dificuldade de conceber que tamanha destruição pudesse acontecer em pleno século 21.

Diante de tantas notícias relatando o horror das guerras no Leste Europeu e no Oriente Médio, é uma grande notícia o fato de que o número de homicídios teve redução de 31,25% no primeiro trimestre deste ano, em Londrina, em comparação com o mesmo período de 2023.

Entre janeiro e março de 2024 foram registrados 11 assassinatos, contra 16 no ano passado. Na avaliação das forças de segurança, a baixa tem como principal fator a realização da operação Vida nos Bairros, que acontece desde agosto e foi intensificada nos últimos meses.

A ação acontece pela integração entre as polícias Civil, Militar e Penal e GM (Guarda Municipal), com abordagens, fiscalizações e prisões em vários bairros da cidade. "Nos reunimos com antecedência para fazer o estudo a partir das informações de cada instituição (para definir os bairros)", explicou em entrevista à imprensa o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Fernando Amarantino Ribeiro.

Nesse estudo, são avaliadas, por exemplo, as informações sobre a movimentação do tráfico de drogas nos bairros. No primeiro trimestre, cerca de 10% dos trabalhos foram focados no conjunto Vista Bela, 8% no São Jorge, ambos na região norte, e 6% no União da Vitória. No total, somando todas as localidades visitadas, foram 83 ações.

Dos homicídios consumados neste ano, segundo as polícias, a maioria tem como motivação a disputa do tráfico de drogas. No balanço apresentado pelas forças de segurança à imprensa, nesta terça-feira (9), também foi informado a apreensão de mais de 30 quilos de maconha, 1,6 quilo de cocaína e R$ 8,9 mil em dinheiro neste ano, na operação Vida nos Bairros.

Também foram cumpridas 18 ordens de prisão. Quase 1.800 pessoas foram abordadas, sendo 912 com histórico criminal.

Nos últimos anos, no Brasil, as apreensões de drogas vêm atingindo sucessivos recordes ao mesmo tempo em que as polícias, por meio dos setores de inteligência, estão descobrindo detalhes desconhecidos da estrutura organizacional e da forma de trabalho das organizações criminosas.

Essas organizações ligadas ao tráfico de drogas são diretamente responsáveis por ondas de violência, muitas vezes motivadas por disputas na hierarquia do crime ou pelo território.

A redução dos homicídios nesse período é uma evidência do esforço coletivo das forças de segurança que atuam na cidade.

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