Londrina tem cinco casos confirmados de coqueluche desde janeiro de 2024, uma doença altamente contagiosa que voltou a preocupar a saúde pública brasileira. Há muitos anos o município não tinha casos suspeitos ou confirmados. Tragicamente, uma dessas ocorrências resultou na morte de um bebê de seis meses, evidenciando a gravidade da infecção.

Desde janeiro são 20 notificações para a coqueluche, com sete registros descartados e outros oito ainda em investigação. Entre os que apresentaram o diagnóstico positivo, quatro são crianças e um é adulto, pai de um dos infectados. Antes de Londrina, a última morte por coqueluche registrada no Paraná foi em 2019 em Ponta Grossa (Campos Gerais).

“Infelizmente é uma doença que que voltou a nos preocupar", afirmou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde. "É importante lembrar a importância, nesse momento mais do que nunca, da vacinação contra a coqueluche. É uma vacina do calendário que está disponível em todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde)”, apela.

O secretário explicou que o imunizante é recomendado ainda durante a gestação, para a mãe, e depois que o bebê nasce são cinco doses, aplicadas entre os dois meses de vida e os quatro anos. Entre os sinais que podem ser manifestados na pessoa estão mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. No estágio de maior gravidade a tosse fica severa e descontrolada, podendo comprometer a respiração e provocar vômito e cansaço.

Por conta do estado de atenção para a coqueluche em Londrina, será intensificada a vacinação de adultos que trabalham diretamente com crianças. No sábado (10) haverá um mutirão com a dose dTpa no posto do jardim Alvorada, na zona oeste, das 8h às 17h. Poderão procurar a proteção profissionais de saúde, trabalhadores de saúde que atuam com meninos e meninas até os quatro anos e funcionários da educação de berçários e creches que atendem crianças até esta mesma faixa etária, além de doulas.

A vacinação é a ferramenta mais eficaz para evitar a ocorrência de coqueluche. Preocupa o fato de que a taxa de vacinação diminuiu nos últimos anos, fator que aumenta a vulnerabilidade da população, incluindo crianças, jovens e adultos.

Salvar vidas depende muito de uma atitude simples dos pais e familiares. Que eles verifiquem periodicamente a caderneta de vacinação de suas crianças e garantam que estejam em dia todas as doses preconizadas pela autoridade em saúde pública do seu município.

O poder público deve também fazer a sua parte, promovendo campanhas de conscientização e garantindo que as doses dos imunizantes estejam disponíveis e acessíveis nas unidades de saúde, alcançando todas as camadas populacionais.

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