As barreiras geográficas têm um papel importante no controle sanitário no Brasil, pois ajudam a impedir a entrada de doenças e pragas em determinadas regiões do país. A Cordilheira dos Andes e a Floresta Amazônica, por exemplo, dificultam a entrada de doenças que possam afetar a saúde animal no Brasil.

Apesar disso, o país acendeu o sinal de alerta contra a gripe aviária após o registro em países vizinhos. O Paraná, como maior produtor e exportador nacional - 35,5% do total produzido e exporta 40% do total enviado pelo país ao exterior - é um dos mais interessados em garantir que a doença não cruze as fronteiras.

O controle sanitário no Brasil é realizado de forma descentralizada, com a participação de diferentes órgãos e agências em cada região. No Paraná, o controle e fiscalização são de responsabilidade da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná). O órgão orienta que em caso de suspeita da presença da doença, a comunicação deve ser feita imediatamente.

Os principais sintomas da gripe aviária são espirros, tosse, lacrimejamento, cara e crista inchadas, diarreia, corrimento nasal e dificuldade respiratória, além de mudança no comportamento, diminuição da produção de ovos e falta de apetite.

A gripe aviária é uma doença causada pelo vírus Influenza A, que afeta principalmente as aves, mas pode ser transmitida aos seres humanos, causando infecções respiratórias graves. O controle da gripe aviária envolve medidas de prevenção e controle em diferentes níveis, incluindo: medidas preventivas na produção avícola, medidas de vigilância epidemiológica e controle de surtos.

Além dos riscos sanitários, resguardar a criação de frangos no Estado é de extrema importância para a economia. Apenas no ano passado, os produtores paranaenses exportaram 1,9 milhão de toneladas de carne de frango. É um mercado com alto desempenho impacta diretamente sobre o PIB estadual.

O engenheiro agrônomo e avicultor Alvaro José Baccin mantém seis aviários na granja localizada em Cascavel (Oeste). Ao ano, são produzidas 3,6 mil toneladas de frango para abate, em um sistema integrado com a BRF, de Toledo. Para prevenir a gripe aviária, o produtor rural adota uma série de práticas em sua propriedade. “Em 36 anos de experiência na avicultura, posso dizer que o sistema de criação de frangos no Brasil feito em sistemas de integração ou cooperação está no topo dos mais seguros do mundo”, destaca.

A prevenção à doença deve ter prioridade nas políticas públicas, mas, acima de tudo, deve ser preocupação de todo criador.

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