Somos privilegiados em fazermos parte de uma gestão educacional que se preocupou em adotar o sistema de aulas remotas tão rapidamente. Quando as aulas foram suspensas e percebemos que seria por um longo período tínhamos a certeza de que precisávamos manter o vínculo das crianças com seus professores e proporcionar uma rotina com momentos de estudo.

O que mais me impactou foi a sensibilidade com a qual este processo foi elaborado e continua sendo realimentado continuamente. O “conteúdo humano” se faz presente em cada aula remota, em cada nova entrega dos kits de materiais. Ninguém sabia como seria dar aula remota para crianças tão pequenas, contar com a ajuda dos pais para a realização dessas aulas, usar ferramentas tecnológicas até então conhecidas por poucos.

Vejo diariamente professores se superando e aprendendo uma nova maneira de realizar seu trabalho. Não há palavras para descrever a alegria que me dá ver uma professora já perto de sua aposentadoria gravando vídeo para seus alunos ou enviando mensagens e corrigindo atividades pelo Whatsapp.

Sabemos que não é o ideal, mas é como podemos fazer hoje e não é por isso que deixaremos de fazer da melhor forma que pudermos, buscando caminhos para alcançar TODOS os nossos alunos! Antes da pandemia, o professor estudava, planejava suas aulas e ia para a sala de aula, olhava no olho, segurava na mão, apontava a tentativa que saiu errada, comemorava o acerto.

Agora, estamos reinventando um jeito de fazer isso, ainda não temos todas as respostas, mas temos a certeza que o caminho está em ouvir o outro, usar a empatia e cuidar do conteúdo humano. Haverá tempo para ensinar melhor as operações, as regras gramaticais, vamos recuperar isso sim! Mas hoje vamos cuidar das pessoas, ajudar os pais a acompanharem as atividades remotas de seus filhos. O vínculo entre família e escola nunca foi tão forte!

Helvia Cristiane de Oliveira Machado, coordenadora pedagógica, Escola Municipal Pedro Vergara Correa

MEMÓRIA

5 de agosto de 2016

Chama a Marta

Na véspera da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, o Brasil experimentou sua primeira decepção: a badalada seleção de Neymar não repetiu o desempenho da equipe feminina e estreou ontem empatando sem gols com a África do Sul, em Brasília. Na melhor chance do jogo, Gabriel Jesus acertou a trave com o gol vazio. A equipe não fez um bom jogo. Mesmo com um a mais, teve muita dificuldade contra uma equipe segura e bem armada. Deu mostra de que precisa melhorar muito para brigar pela sonhada medalha de ouro nos Jogos do Rio-2016.