A Sema (Secretaria do Ambiente) descartou o projeto que tinha o objetivo de afastar os pombos da região central de Londrina com um canhão de ar. Na última quarta-feira (4), testes foram feitos no Bosque Central. A cada três minutos e em locais diferentes, o canhão emitia um impulso de ar para espantar os pássaros.

Durante a ação, foi possível ouvir um som alto e observar a movimentação de diferentes aves no céu, mas em seguida os pássaros retornavam para os galhos das árvores. O barulho repetitivo foi alvo de reclamações por parte de moradores e frequentadores do entorno, principalmente por causar transtornos a idosos, crianças, pessoas com deficiência e animais.

Com isso, o canhão de ar de se soma a uma grande lista de tentativas do município que fracassaram na tentativa de resolver o problema. Nas últimas décadas, a relação inclui sofisticados repelentes biológicos, sensores eletromagnéticos, passa por holofotes, podas, até chegar à desesperada distribuição de queima de fogos de artifícios. Nada se mostrou eficaz.

Em 2022, o Bosque Central foi revitalizado em projeto que consumiu aproximadamente R$ 2,8 milhões de recursos municipais. Após obras que duraram quase um ano, o espaço tornou a receber bom público em janeiro daquele ano, na reinauguração, mas sem uma solução para a sujeira, o número de visitantes foi caindo gradualmente.

A principal reclamação em relação à área vizinha da Catedral Metropolitana e da Biblioteca Central é da sujeira causada pelos bichos, que além do mau-cheiro, oferece risco à saúde de quem passa por um dos principais cartões-postais do Centro Histórico. Sem a ocupação por parte dos moradores, a sensação de insegurança também aumenta, o que faz com que muitas pessoas evitem a área pública, principalmente à noite.

A secretaria informou que, nos próximos dias, vai disponibilizar um relatório sobre os testes feitos, e detalhar os motivos que fizeram a ação ser descontinuada.

Veja a ação realizada no bosque: