RETROSPECTIVA 2022: um ano de acontecimentos intensos
Reunimos as principais notícias do Brasil e do mundo no panorama de um ano cheio de conquistas e, também, de grandes perdas
PUBLICAÇÃO
sábado, 31 de dezembro de 2022
Reunimos as principais notícias do Brasil e do mundo no panorama de um ano cheio de conquistas e, também, de grandes perdas
Celia Musilli - Editora
De janeiro a dezembro, foi quase um sobressalto a cada mês.
2022 exigiu do Brasil e do mundo a força que, muitas vezes, fomos buscar no outro. Só coletivamente é possível assimilar perdas e acontecimentos intensos.
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Se com as vacinas, o controle da pandemia do novo coronavírus restituiu ao mundo a tranquilidade perdida nos dois anos anteriores, a guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, veio para mostrar que, em pleno século 21, um conflito de grandes proporções pode assombrar mais de um continente. Com armas potentes e estratégias do século 20, a Rússia se impôs como um país capaz de perturbar desde a vizinhança até os EUA, do outro lado do planeta.
Enquanto o conflito mundial exibia bombardeios concretos, o Brasil construiu um conflito ideológico que dividiu o País por causa das eleições presidenciais. Com Lula eleito presidente, em 31 de outubro, ainda há estertores sinalizando que a oposição respira e, os últimos acontecimentos - antes da posse presidencial - também demonstram que, por aqui, a guerra ainda não acabou.
Com a posse do novo presidente, neste 1º de janeiro, um processo de reconstrução também põe na mesma mesa representantes da população que nunca se sentaram antes para o banquete. A indicação de Sonia Guajajara , da etnia guajajara/tenetehara, do Maranhão, para o recém-criado Ministério Indígena, demonstra que o País começa a pagar uma dívida de mais de 500 anos, não para o FMI, mas para os povos originários. Não era sem tempo.
O ano também foi de muitas perdas. A cultura nacional chorou as mortes de Elza Soares, Jô Soares, Gal Costa, Rolando Boldrin e Erasmo Carlos, só para citar os grandes de um panteão onde também se avista a ausência de personalidades de outras áreas. Mas numa retomada da cultura, a falta desses ídolos que marcaram gerações tornam, sim, o Brasil mais triste.
O mundo também viu a morte de um ícone que brilhou desde o século 20: a Rainha Elizabeth II, símbolo de uma realeza, anacrônica para muita gente, que conseguiu conquistar corações e mentes desde que assumiu um país em crise após a Segunda Guerra. Ela faleceu como a última rainha contemporânea capaz de arrastar multidões em vida e num cortejo fúnebre.
O Brasil também chora a morte de um rei em 2022: Pelé se foi, deixando para trás um rastro luminoso de memórias, passes, dribles, gols de cabeça. Um repertório de jogadas geniais que fizeram dele o atleta que levou o Brasil a ser conhecido no mundo. Uma grandeza que se equivale a uma galáxia, como aquela pintada de verde-amarelo pela Nasa no dia de sua morte na última quinta-feira (29), quando astrônomos reverenciaram a memória do menino que nasceu pobre e se tornou majestade.
Se fossemos pedir uma trégua ao final de 2022, talvez pedísssemos a permanência de Pelé entre nós.
Mas 2022 se consagra, definitivamente, como o ano em que entregamos nossos ídolos à eternidade. Da música ao futebol, sentiremos sua falta, mas também sua presença como exemplo de conquista para começar 2023 com esperança, ao som de um samba, no meio de uma torcida perene e imaginária.
Acompanhe, em retrospectiva, as principais notícias do Brasil, do mundo, do Paraná e de Londrina, nossa razão de fazer diariamente um jornalismo ágil e responsável.
Feliz Ano Novo!
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