Centenas de manifestantes estão concentrados na praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, na manhã desta segunda-feira (3) em ato contra o projeto de terceirização dos serviços de escolas estaduais, que deve ser votado nesta tarde na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). É o primeiro ato da greve dos professores, convocada na semana passada. Em seguida, seguem em passeata até a sede da Alep, no Centro Cívico.

Antes de ser analisada em primeira votação pelo plenário, o projeto será avaliado pela Comissão de Educação da Alep, que tem reunião marcada para as 13h30. A base do governador Ratinho Júnior (PSD) na Assembleia espera aprovar o projeto até amanhã.

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“O ato deve chegar a 10 mil ou 15 mil pessoas e temos concentrações em todo o estado, nas 29 regionais”, disse a presidente da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, na manhã desta segunda-feira. “Ainda estamos fazendo o levantamento da adesão nas escolas,a gente tem escolas 100% paralisadas e escolas parcialmente paralisadas. Teremos paralisações em 100% das escolas, seja total ou parcial”.

A recomendação do sindicato é para os pais não mandarem os filhos para as escolas. “Temos pedido para a comunidade escolar que compreenda nossa luta, que é pela manutenção da escola pública, e que não enviem os filhos para a escola, principalmente nas escolas em que maioria dos professores aderiram. Temos o compromisso de reposição desses dias parados”.

A presidente da APP-Sindicato disse ter enviado ofícios para a Alep, para a Secretaria da Educação e da Secretaria de Segurança para que não haja violência durante a manifestação na Alep – em 2015, a Polícia Militar jogou bombas contra os manifestantes. “Vamos em caminhada até o Centro Cívico e espero poder entrar na Assembleia Legislativa apara acompanhar a sessão. Já pedimos aos deputados que formem uma comissão para que a votação seja suspensa”, disse Walkiria Mazeto. “Estamos prontos para o diálogo e esperamos do governo a mesma coisa, mas temos receio, o estado tem usado de truculência com os trabalhadores”.

A proposta enviada pelo governo tramita em regime de urgência e foi apresentada na semana passada. A ideia é contratar empresas para prestar serviços de limpeza, de infraestrutura e segurança em pelo menos 200 estabelecimentos. No domingo, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negou um pedido de suspensão da votação na Alep.