O primeiro caso da variante lambda (C.37) da Covid-19 no Paraná foi confirmado em Londrina na tarde desta sexta-feira (13). Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, uma mulher de 38 anos, que ainda não havia sido vacinada, teria contraído o vírus de uma pessoa que viajou para outro estado. A preocupação com esta variante é um pouco menor em comparação com a delta e a P1. Também na sexta, Londrina atingiu 71.852 casos confirmados, 159 a mais do que no dia anterior. Com um novo óbito, o de um idoso de 87 anos, a cidade somou 1.915 desde o início da pandemia.

Imagem ilustrativa da imagem Primeiro caso da variante Lambda do Paraná é confirmado em Londrina
| Foto: José Fernando Ogura/AEN

A paciente de 38 anos começou a sentir os sintomas da Covid-19 no dia 5 de julho, tendo realizado o exame RT-PCR quatro dias mais tarde na UBS (Unidade Básica de Saúde) San Izidro. Ela apresentava dores nas articulações, febre, dor de garganta, tosse, cefaleia e tontura. Em seguida, relatou ter sentido sintomas já conhecidos da doença, como a perda do olfato, e outros como queda do cabelo. Ela não possuía comorbidades associadas à Covid-19 e chegou bem ao final de período de transmissão, sem ter evoluído para o quadro respiratório grave.

"É um estudo que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) faz em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. Aleatoriamente, eles fazem o sequenciamento genômico de algumas amostras das grandes cidades e, aqui de Londrina, 20 amostras foram selecionadas dentro do período de 20 de junho a 15 de julho, dos quais foram identificadas essa nova variante, que tem origem no Peru e é classificada apenas como variante de interesse", explicou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.

Pesquisadores avaliam que a lambda pode ser mais transmissível que a cepa original da Covid-19, porém menos letal que as variantes delta e P1. Ainda de forma preliminar, estudos sugerem que as vacinas aplicadas atualmente têm eficácia contra a variante.

O secretário informou que o mapeamento dos familiares e das pessoas que tiveram contato com mulher não será realizado, pelo menos, neste momento. Este procedimento só é feito se estas pessoas apresentares os sintomas e receberem diagnóstico positivo para a doença através de um exame RT-PCR.

A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) também divulgou dois novos casos da variante delta no estado, sendo um deles em Londrina. Ao todo, 91 exames foram analisados nesta rodada. O outro caso foi confirmado em Cascavel. A variante delta já foi identificada em 56 moradores do Paraná. Destes, 18 morreram. Já houve também a confirmação da transmissão comunitária da variante.

'BALADA'

Para incentivar a vacinação e receber os mais jovens em clima de festa, a Secretaria de Saúde de Londrina anunciou que irá realizar a "balada" da vacina, no Centro de Imunização da Zona Norte. A unidade vai funcionar por 36 horas seguidas, adentrando a madrugada com música e decoração especial. A iniciativa vai ser realizada entre 7h de sábado (21) e 19h de domingo (28).

“Faremos essa ação inédita de 36 horas ininterruptas de vacinação, com toda ambientação possível. Teremos no Centro da Zona Norte músicas e globo de luz simulando uma festa para animar os jovens para que cumpram seu dever cívico de vacinação”, afirmou Machado.

Embora as fabricantes das vacinas AstraZeneca, CoronaVac, Jansen e Pfizer não apontem que a interação com bebidas alcoólicas possa atrapalhar a eficácia das vacinas no combate à evolução para quadros graves de saúde, é recomendável que o consumo de bebida alcoólica seja evitado após a aplicação das doses.

AGENDAMENTO

A Saúde reduziu para 27 anos a faixa etária da população que já pode agendar a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 em Londrina. Cerca de dez mil jovens de 27 e 28 anos estão cadastrados e poderão agendar a vacinação.

"Sábado (14) tínhamos algumas vagas, domingo (15) não vamos abrir as unidades e a agenda já está publicada até o próximo domingo (22), com 16 mil vagas", explicou Felippe Machado.

Machado também lamentou que algumas pessoas estejam deixando de agendar a segunda dose. "Nós publicamos um lembrete e fazemos ações como busca ativa, mensagens de texto, parcerias com as secretarias do Idoso e Educação para que nossa cobertura de segunda dose esteja em um nível adequado. Ainda não fizemos levantamento, mas via de regra, por população geral, a faixa de 60, 59 anos pode estar atrasada. Tem outros grupos, como trabalhadores de saúde e pessoas com comorbidades, que também devem se atentar", solicitou.

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