O MPPR (Ministério Público do Paraná) informou, nesta quarta-feira (16), que vai investigar mensagens de ódio enviadas à família do menino que matou animais de uma clínica veterinária em Nova Fátima (Norte) no último domingo (13).

O órgão afirmou que está acompanhando o caso por meio da Promotoria de Justiça do município e que já abriu procedimento para apuração. Segundo a nota enviada, as pessoas envolvidas que forem identificadas poderão ser responsabilizadas criminalmente.

Com a entrada do MPPR no caso, também será assegurado à criança o acompanhamento psicológico por meio de uma equipe multidisciplinar local. Os autos do processo são sigilosos.

O menino de 9 anos invadiu uma clínica veterinária no domingo (13) e matou pelo menos 15 coelhos. De acordo com informações apuradas com a PM (Polícia Militar), a criança morava com a avó e "fugiu" para praticar a ação.

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Segundo o BO (Boletim de Ocorrência), a proprietária da clínica veterinária solicitou a presença da PM no espaço porque viu pelas câmeras de monitoramento uma pessoa mexendo com os animais. No local, os agentes constataram o ato.

O menino e a avó, após nova denúncia, foram questionados pela polícia, e a autoria da ação foi confirmada pela criança logo em seguida. Por ser menor de idade, o menino não será responsabilizado.

Nesta terça-feira (15), após a repercussão do caso, a reportagem entrevistou uma psicóloga para falar sobre os perigos e consequências que os ataques e as acusações de psicopatia podem causar à criança.

A profissional explicou que não é possível diagnosticar o menino com o transtorno por uma situação isolada e que ações violentas como essa podem ser sinais de um pedido de socorro.