A mãe do bebê de 45 dias que foi morto com um tiro na cabeça também morreu por conta dos ferimentos provocados pelo atirador. Ela estava internada no HU (Hospital Universitário) de Maringá. A jovem foi atingida por um disparo de arma de fogo no abdômen, chegou a passar por uma cirurgia e foi para um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas não resistiu e morreu por volta das 18h desta quarta (2).

De acordo com informações do HU, o quadro dela era considerado muito grave porque o projétil perfurou uma vértebra torácica e uma lombar. Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento da jovem.

A vítima foi ferida em um atentado que também tirou a vida de seu companheiro, de 26 anos, e de sua filha, de apenas 45 dias, no Conjunto Cidade Alta, na zona sul da cidade. De acordo com o 4° BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Maringá, a suspeita é de que um homem teria invadido a casa da família para executar o companheiro da jovem por conta de uma rixa entre eles. Também segundo a corporação, a mulher segurava o bebê no colo e teria entrado na frente do companheiro pensando que o homem não fosse atirar.

O bebê foi atingido na cabeça e morreu ainda no local; já o companheiro da jovem foi socorrido, mas morreu no Hospital Metropolitano de Sarandi.

Ainda na tarde de quarta-feira, a Delegacia de Homicídios de Maringá apreendeu um menor de idade suspeito de ter envolvimento no crime. Depois de interrogado, o jovem foi liberado. De acordo com o delegado Diego Almeida, o jovem prestou esclarecimentos e negou ser o autor do crime. “Ele disse que conhecia a vítima e que de fato tinha conversado com ela via celular, por mensagens, e que eles haviam tido um certo desentendimento”, relatou. Entretanto, segundo ele, possíveis testemunhas do caso não quiseram colaborar com as investigações.

“O que nós tínhamos era apenas a versão dele, então não conseguimos corroborar as suspeitas e, por conta disso, ele foi colocado em liberdade. Mas as investigações seguem no sentido de averiguar se ele teve ou não participação no crime e se houve a participação de outro sujeito na execução desse crime”, explicou.

O delegado confirmou que a motivação do crime se trata de uma disputa entre traficantes. “O pai, que era o alvo, era um conhecido traficante da polícia e, inclusive, estava sendo investigado por um homicídio que aconteceu há um mês. Então, por todo esse contexto, a gente entende que a motivação foi relacionada ao tráfico”, detalhou. Segundo Almeida, até o momento, não há nada que aponte que o executor do crime também planejava matar o bebê e a mulher.

(Matéria atualizada às 15 horas)