Londrina possui 12 casos suspeitos de varíola dos macacos
Ainda não há informações de como os pacientes foram infectados pelo vírus monkeypox, seja por transmissão local ou por intermédio de viagens
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 09 de agosto de 2022
Ainda não há informações de como os pacientes foram infectados pelo vírus monkeypox, seja por transmissão local ou por intermédio de viagens
Reportagem local
Depois de ter um caso suspeito descartado em julho, existe a possibilidade da varíola dos macacos ter chegado a Londrina. Na tarde desta terça-feira (9), a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina anunciou que investiga 12 casos suspeitos da doença na cidade, também conhecida como monkeypox.
Em entrevista à Tarobá afirmou que os pacientes foram avaliados por diferentes serviços de saúde pública e privada, tiveram exames coletados e enviados ao Lacen (Laboratório Central do Estado). A reportagem da Folha tentou entrar em contato com o Secretário Felippe Machado, mas a assessoria de imprensa, embora tenha confirmado as informações, relatou que mais detalhes seriam repassados em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (10) pela manhã.
Ainda não há informações de como os pacientes foram infectados pelo vírus monkeypox, seja por transmissão local ou por intermédio de viagens internacionais.
A pasta realizou uma reunião com a equipe para reforçar como é feita a classificação dos casos suspeitos, como são as lesões características da varíola do macaco, além da necessidade que os profissionais façam o isolamento do paciente por 21 dias e o monitoramento dos familiares e pessoas próximas.
“O paciente pode apresentar febre, lesões na pele e vermelhidão. Importante saber se ele fez alguma viagem com países com casos confirmados da doença. O período de isolamento ideal é de 21 dias até o desaparecimento das lesões.”, disse Machado à Tarobá.
No boletim semanal da Sesa (Secretaria estadual de Saúde) esses 12 casos ainda não estão relacionados. A assessoria informou que um novo boletim deve sair nesta quarta-feira (10) até o fim do dia.
TRANSMISSÃO
A monkeypox é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa de animais infectados. A transmissão secundária, ou seja, de pessoa a pessoa, pode ocorrer por contato próximo com secreções respiratórias infectadas, lesões de pele de uma pessoa infectada ou com objetos e superfícies contaminados.
A transmissão por gotículas respiratórias geralmente requer contato pessoal prolongado, o que coloca os profissionais de saúde, membros da família e outros contatos próximos de pessoas infectadas em maior risco. No entanto, a cadeia de transmissão documentada mais longa em uma comunidade aumentou nos últimos anos de 6 para 9 infecções sucessivas de pessoa a pessoa. Isso pode refletir o declínio da imunidade em todas as comunidades devido à cessação da vacinação contra a varíola.
Embora o contato físico próximo, ou seja, contato íntimo, seja um fator de risco observado na transmissão dos casos confirmados nos países não endêmicos, a transmissão sexual nunca foi descrita. Desta forma, estudos são necessários para entender melhor esse risco. A transmissão vertical ou durante o contato próximo no pós-parto também pode ocorrer. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem.
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