Estudantes de pelo menos 87 municípios do Paraná e de São Paulo desembarcaram nesta quinta-feira (15) para conhecer um pouco mais de cada um dos 53 cursos de graduação ofertados pela UEL (Universidade Estadual de Londrina). Em sua 12° edição, a Feira de Profissões já é uma tradição e é o momento de fazer descobertas e tirar dúvidas sobre os possíveis caminhos a seguir na educação superior.

A Feira de Profissões vai receber durante todo o dia pelo menos 20 mil estudantes de 63 municípios da região, além de outros 24 vindos do interior de São Paulo, totalizando 266 escolas confirmadas. Entretanto, como o evento é aberto, os números podem ser ainda maiores.

Reitora da UEL, Marta Favaro afirma que a Feira de Profissões é um dos dias mais bonitos no calendário da universidade, principalmente por ser uma forma de aproximar os estudantes da educação básica daqueles que já estão no ensino superior.

Segundo ela, essa é uma oportunidade para que cada estudante possa conhecer um pouco mais de cada um dos 53 cursos oferecidos pela universidade, o que colabora e facilita durante na hora de escolher o que prestar no vestibular.

Passando por todos os centros, a reitora reforça que os estudantes e professores explicam para os visitantes sobre o curso, a grade curricular e a atuação profissional. “A Feira de Profissões é uma abraço a todos que estão frequentando a educação básica e o ensino médio e que desejam uma formação em nível superior”, afirma.

Favaro celebra a formação das primeiras turmas dos cursos de biotecnologia e nutrição, além do início do curso de ciência de dados e inteligência artificial, e garante que esse é um sinal de que a universidade está crescendo e se fortalecendo ao passo em que atende às demandas da sociedade no que diz respeito à implementação de novos cursos.

No 3° ano do ensino médio no Colégio Cívico-Militar Adélia Antunes Lopes, de Jataizinho, essa já é a segunda vez que Thiago Caetano, 18, vem conhecer mais de perto os cursos disponíveis na UEL. Dando um pulo em cada um dos centros de ensino junto aos amigos, ele garante que o interesse é pela área de computação. Ainda sem bater o martelo no que pretende seguir, o estudante afirma que é importante ter uma atividade fora da sala de aula. “Foi legal conhecer o pessoal do atletismo”, admite.

Também no terceiro ano, Gabriel Mazzali, 18, é novato na feira e afirma que está gostando bastante de conhecer os diversos cursos da UEL, mesmo já sabendo que a vontade é seguir na odontologia. O desejo, segundo ele, vem de anos.

Estudante do Colégio Estadual Cristo Rei, de Cornélio Procópio, Mazzali reforça a experiência positiva de poder dar uma volta pelo campus e conhecer muita coisa diferente do que está acostumado.

Aluno do Colégio Estadual Vicente Rijo, no centro de Londrina, Isabella Boy, 18, admite que está na dúvida entre os cursos de design gráfico e educação física. Ao visitar os dois, o coração bateu mais forte pelo pelo primeiro, principalmente por já trabalhar na área. Para ela, a Feira de Profissões é uma oportunidade de conhecer “novos ares” e de poder ver um pouco do que cada curso tem a oferecer: “você cria curiosidade aqui”.

UM MUNDO DE POSSIBILIDADES

Veterana do curso de pedagogia, Ariadiny Bandeira, 21, estava apresentando um pouco do curso para quem passava pelo estande montado no Ceca (Centro de Educação, Comunicação e Artes). Com uma oficina lúdica de didática em geografia, cada um dos visitantes tinha que deixar a digital marcada com tinta colorida no mapa do Brasil com o objetivo de que cada um tenha participação na mudança que deseja ver no país.

Segundo ela, todas essas ações ajudam a quebrar os estereótipos de cada um dos cursos, que tÊm muito a oferecer aos futuros calouros. “A gente busca atrair as pessoas para o nosso curso de maneira lúdica e divertida”, afirma, complementando que essa fase de escolha de qual carreira seguir é complicada e confusa e que, por isso, é fundamental fomentar essa interação.

Natural de Cuba, Arelis Guidotti, 41, é professora do curso de Letras - Espanhol desde 2006. Recepcionando os estudantes, ela explica que a licenciatura em espanhol permite com que os profissionais atuem como professores ou tradutores de um idioma falado por mais de 500 milhões de pessoas em 21 países.

De acordo com ela, a visita dos estudantes à universidade permite com que um mundo de possibilidades se abra diante de cada um. No caso do espanhol, ela garante que o docente não ensina apenas o idioma, mas toda uma cultura e costumes.

MOMENTO DECISIVO

Professora de inglês e português do Colégio O Caminho, de Cambará, Fernanda Gabriel, 50, estava acompanhando as turmas do 1° e 2° durante a Feira de Profissões. Ela garante que esse momento é muito importante porque os alunos podem conferir na prática um pouco de cada curso. “Eles ficam encantados e ficam falando por dias sobre o que viram aqui”, afirma, complementando que o ensino médio é um período de muita dúvida e da sensação de estar perdido. “Eu acho que esse é um meio de eles se acharem”, reforça.

Vinicius Bittencourt, 42, é professor de matemática do Colégio Cívico-Militar Adélia Antunes Lopes e estava junto a uma turma de 42 alunos do 3° ano do ensino médio. Para ele, esse é um momento decisivo em que os estudantes estão se preparando para escolher qual profissão seguir. Estar UEL, segundo ele, é uma forma de eles conhecerem os cursos para tomar uma decisão acertada.