Programada para às 10 horas deste sábado, 23, a carreata contra o presidente Jair Bolsonaro ( sem partido) e a a favor da imunização da Covid-19 para toda a população reuniu grande número de cidadãos em Londrina. Desde às 9 horas da manhã, o estacionamento do Centro Cívico de Londrina passou a receber os manifestantes que fizeram do espaço um ponto de encontro e também de organização de como realizar as reivindicações pelas ruas de Londrina respeitando as leis de trânsito e o Código de Posturas do Município.

Protesto pede: vacina, volta do auxílio emergencial e saída de Bolsonaro
Protesto pede: vacina, volta do auxílio emergencial e saída de Bolsonaro | Foto: Isaac Fontana/Framephoto/Folhapress

As Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo com apoio da Central Única dos Trabalhadores estão à frente da ação. As estão confirmadas s nas capitais: Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO); João Pessoa (PB), Palmas (TO), Rio de Janeiro (RJ); São Paulo (SP); Campo Grande (MS) e Rio Branco (AC). Com saída da avenida Duque de Caxias, o percurso de carro inclui as vias rua Capitão Pedro Rufino, avenida. Leste-Oeste, av. Theodoro Victorelli . ruas Piauí, avenida Celso Garcia Cid e avenida Parigot de Souza, entre outras importantes de Londrina. "Como forma de expor, no exercício constitucional de manifestação, nossas demandas pela continuidade do auxílio emergencial , em defesa do SUS - Sistema Único de Saúde e vacina para toda a população", é o argumento dos organizados.

Garantir imunização para toda a população  é um dos motivos da carreata deste sábdo, 23
Garantir imunização para toda a população é um dos motivos da carreata deste sábdo, 23 | Foto: Walkiria Vieira

Primeiro a chegar, o servidor público estadual José Barros da Silva, 48, considera o ato legítimo. "Estou aqui pelas mais 200 mil vítimas da irresponsabilidade do governo". Barros relata que perdeu seu compadre, vítima da Covid-19 no final de abril. "Não deixe de ser também uma homenagem a ele", expõe. Barros considera que a vacinação para todos deva ser um ato de pressão de toda a sociedade. "Sabemos que é uma demanda mundial e diante da inércia de Bolsonaro frente à pandemia, temos que nos mobilizar. "Barros diz que vai lutar com todas as suas forças. "Para piorar, Bolsonaro realiza uma verdadeira sabotagem às medidas de prevenção e sua visão negacionista do problema é também equivocada", reflete.

Do ponto de vista do tecnólogo Ezídio Casagrande, 50 anos, a carreata e o protesto são uma necessidade. "A situação em que se encontra o desgoverno do Brasil nos traz até aqui. Uma pessoa irresponsável como Bolsonaro nunca deveria ter assumido tão alto cargo no poder. Além de incompetente, faz declarações racistas, homofóbicas e está há 30 anos na política só fazendo ações contra o povo", afirma. Casagrande pensa que mais pessoas devam se conscientizar. "Demorou demais para haver uma mobilização maciça e que interessa à Democracia, pois estamos diante de um líder que prega a desunião e não a união", critica.

César Hartmann: "Temos que fazer pressão, mesmo"
César Hartmann: "Temos que fazer pressão, mesmo" | Foto: Walkiria Vieira

O agente de telemarketing César Hartmann, 61 anos, segue na ativa. Estou trabalhando no sistema home office e hoje reservei a manhã para participar ativamente do protesto por três motivos: todos temos que clamar para que a vacinação seja um direito de todos, pois a quantidade fornecida será insuficiente até para os profissionais de saúde", cita. Outra questão exposta por Hartmann diz respeito à Economia: "com o fim do auxílio emergencial, muitas pessoas ficarão á míngua e sem ter até o que comer", preocupa-se. "Todos temos que gritar 'Fora Bolsonaro' em coro por conta de tantas mortes causadas durante a pandemia. Podemos considerar que não temos um governo e sim um irresponsável que ignora a doença e conduz as pessoas para a morte. Temos que fazer pressão porque no ranking mundial, o Brasil representa 2,7 da população mundial e representa 10% das mortes", sinaliza.

As Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo com apoio da Central Única dos Trabalhadores estão à frente do protesto
As Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo com apoio da Central Única dos Trabalhadores estão à frente do protesto | Foto: Isaac Fontana/Framephoto/Folhapress