Imagem ilustrativa da imagem Cambé monitora grávida que pode ter contraído zika vírus
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A Secretaria Municipal de Saúde de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) monitora o caso de uma grávida de 30 anos que teve testagem positiva para dengue e zika, ambas as doenças provocadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. A chefe de Vigilância Epidemiológica do município, a enfermeira Kécia Costa, diz que, apesar de os protocolos terem sido adotados para a doença, há a possibilidade de ser um falso positivo.

A preocupação em relação à possibilidade de zika em gestantes é devido á gravidade da doença, que pode provocar microcefalia nos bebês. Entretanto, diz a enfermeira, além da possibilidade de confusão do reagente, a Vigilância Epidemiológica não constatou a circulação do vírus em Cambé.

De acordo com Kécia, a grávida apresentou sintomas clássicos da dengue no início da gestação, ainda no primeiro trimestre e, conforme os procedimentos, houve a coleta de material para análises de ocorrência tanto da dengue quanto de zika. “Os resultados foram positivos para dias doenças, mas as alterações hormonais podem ter feito com que os reagentes positivassem a dengue como a zika”, explica.

Enquanto aguardam a contraprova, passaram a ser aplicados os protocolos pertinentes, como o acompanhamento pré-natal na unidade de saúde e também para gravidez de alto risco, além de ultrassom morfológico a partir do segundo trimestre de gravidez para identificar possível malformação no feto – o procedimento médico está marcado para 7 de maio. A paciente está em casa e não apresenta mais sintomas da dengue.

Segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde nesta terça-feira (28), Cambé é um dos 339 municípios do Paraná em estado de epidemia de dengue. “É a maior pela qual já passamos”, diz Kécia.

As estatísticas indicam 8.286 casos notificados, com 3.959 confirmações e três mortes provocadas pela doença. O boletim também trouxe quatro casos notificados de chikungunya e dois de zika vírus, mas Kécia afirma que os casos devem ser descartados. “Não há constatação de circulação destes vírus em Cambé, apenas dos tipos 1 e 2 de dengue. Provavelmente, houve equívoco na digitação dos números, que estão em constante atualização”, diz.