A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina decidiu adiar para às 20 horas deste sábado (6) o início do cadastramento prévio para vacinação contra a Covid-19. Neste momento, idosos com mais de 60 anos e profissionais de saúde que atuam em clínicas, laboratórios privados e de forma autônoma poderão preencher um formulário online, o que vai ajudar o município a programar a aplicação das próximas doses. Até a publicação desta reportagem, quase 12 mil pessoas já haviam recebido as primeiras doses do imunizante em Londrina. Já em todo o Paraná este número sobe para mais de 184 mil, segundo divulgou a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) nesta sexta.

Imagem ilustrativa da imagem Cadastramento para a imunização contra a Covid-19 terá início neste sábado
| Foto: Isaac Fontana/Grupo FOLHA

A decisão de adiar o início do cadastramento foi tomada após um boato circular pelas redes sociais com um suposto formulário online. Na verdade, o cadastramento estará disponível no portal www.saude.londrina.pr.gov.br. “Por conta destas questões, achamos melhor iniciar o cadastro após o Evento Teste que ocorrerá neste sábado, na Supercreche, voltado a vacinar exclusivamente profissionais e trabalhadores da saúde de hospitais especializados previamente cadastrados”, esclareceu o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.

Em seguida, somente moradores que tiverem seus cadastros validados poderão agendar a imunização, o que ocorrerá em um segundo momento, reafirmou Machado.

A expectativa é que um novo lote com doses do imunizante chegue a Londrina na próxima semana, porém Machado preferiu não estipular a quantidade e origem.

Questionado sobre como o cadastramento poderá garantir que "fraudes" na fila dos grupos prioritários não ocorram, o secretário explicou que os trabalhadores da saúde terão que comprovar em quais instituições de saúde atuam, além de outras informações pessoais. Após a validação do cadastro, um QR Code será gerado para ser apresentado no dia vacinação, o que permite ao sistema do município emitir um alerta caso se este mesmo código seja usado novamente, porém por outra pessoa.

"Vai precisar levar um comprovante de trabalho desta instituição além de um registro do seu respectivo conselho e nós vamos fazer a análise junto ao nosso banco de dados. Estamos tomando todos os cuidados que a Tecnologia da Informação nos permite para evitar este tipo de situação no nosso município", afirmou.

Já sobre um suposto “desperdício” de doses do imunizante após ter seus frascos abertos por conta da demora na aplicação, Machado informou que, naturalmente, todos os processos de vacinação em massa podem envolver até 5% de perda. “Por situações em que você aspira o frasco e ele dá menos do que precisa, por exemplo. As primeiras doses da Coronavac vieram unidose, um vidro com cada dose, só que havia algumas em todo o mundo em que se aspirava e ela dava 0,4 ml. Assim você tem que desprezar”, explicou.

Conforme os fabricantes, as doses da Coronavac precisam ser aplicadas em no máximo oito horas após abertas. Já as da Astrazeneca, seis horas. Por conta disso, a solução vem sendo encaminhar grupos “fechados”, mencionou Machado, “para reduzir perdas. Mas, por outro lado, existem frascos que era para vir dez doses e vieram com 11, como da Astrazeneca”, ponderou.