Salvador (BA - O presidente Lula (PT) lamentou a morte do dramaturgo Zé Celso, nesta quinta-feira (6). O artista não resistiu a uma internação após ter 53% do corpo queimado em um incêndio em seu apartamento em São Paulo.

O presidente exaltou a importância de Zé Celso para as artes brasileiras. "José Celso Martinez Correa, ou Zé Celso, como sempre foi chamado carinhosamente, foi por toda a sua vida um artista que buscou a inovação e a renovação do teatro".

Lula também destacou o papel do artista na defesa pela democracia. Zé Celso foi uma figura relevante na luta contra a ditadura militar.

"Corajoso, sempre defendeu a democracia e a criatividade, muitas vezes enfrentando a censura. Transformou o Teatro Oficina em São Paulo em um espaço vivo de formação de novos artistas", disse o petista.

MEIO ARTÍSTICO TAMBÉM LAMENTA

Atores e dramaturgos brasileiros lamentaram a morte de Zé Celso.

A atriz Letícia Colin postou uma foto do cineasta e afirmou que o céu está em festa pois os chatos são os que ficaram.

"Sem Zé Celso não teria o teatro. Zé: o maior Dionísio. Obrigada infinito. Que a gente honre. Para sempre." Outro global que lamentou foi José de Abreu. O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho disse que, apesar de não ser do teatro, é grato pelo impacto do dramaturgo na cultura brasileira.

"Meus filmes foram todos impactados de alguma forma por Zé Celso, com a energia de atrizes e atores, da arte e pitacos amigos de roteiro, um senso de direção e visão sobre o Brasil", escreveu.

O ator Armando Babaioff disse que o falecimento é uma perda imensa paraa o país. "Todos os aplausos para você são poucos. Viva Zé Celso!"

"Papai do céu, recebe esse mestre no seu palco. Coloca ele ao lado de Abdias do Nascimento, eles vão fazer um barulho, mas vai ser lindo", escreveu Manoel Soares.

MORTE DE ZÉ CELSO

José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, morreu nesta quinta-feira, aos 86 anos, em São Paulo.

Ele estava internado na unidade de terapia intensiva do Hospital das Clínicas depois de ter tido 53% de seu corpo queimado em um incêndio causado por um aquecedor elétrico.

O artista participou do grupo fundador do Teatro Oficina —também formado por Renato Borghi, Fauzi Arap, Etty Fraser, Amir Haddad e Ronaldo Daniel—, que se tornaria símbolo do teatro brasileiro.