Mais do que resgatar a nostalgia de várias gerações, o filme Barbie, que estreia nesta quinta-feira (20), trouxe de volta ao Brasil um sucesso da cantora Kelly Key de 2005: "Eu sou a Barbie Girl".

O hit que lembra em alguns momentos os sucessos da Xuxa, sobretudo quando repete o refrão "eu sou a Barbie Girl" , está na lista das principais músicas dos reels do Instagram esta semana.

Num vídeo postado em sua página, inspirado num teaser do filme, Kelly aproveita o sucesso e ressurge com roupas cor-de-rosa, num cenário rosa (é claro!), calçando um tamanco de onde, depois, saem os pés em ponta, misturando erotismo a um apelo infantilizado. O vídeo já tem quase 2 milhões de visualizações.

Mas a boneca, que agora surge como personagem na primeira live action do cinema mobilizando milhões de meninas em todo mundo, volta tocada pelos novos tempos, representando mais do que uma garota bonita e vaidosa. Barbie, agora, é também uma mulher com atitudes independentes num filme que flerta com o feminismo e, sobretudo, critica a indústria que transforma os brinquedos em rios de dinheiro, destinados a quem pode pagar.

Imagem ilustrativa da imagem Kelly Key celebra Barbie com sucesso de 2005
| Foto: Divulgação

O filme não deixa passar batido o fato de que o mundo mudou desde a criação da Barbie nos anos 1950. E mudou também desde 2005, quando Key fazia sucesso como uma cantora bonitinha.

As meninas atualmente, embora não dispensem os ícones da cultura pop, querem mais do que podia a Barbie criada e embelezada pela empresária norte-americana Ruth Handler, mulher de Elliot Handler, que fundou a Mattel, que produz e distribui a boneca até hoje.

A Barbie do filme dirigido por Greta Gerwig, embora ainda loira demais, rosa demais e de olhos azuis, está mais sintonizada com os desejos femininos do século 21, como propõe o filme que reflete sobre o papel das mulheres na atualidade.

E a indústria, que não é boba nem nada, também já cria Barbies morenas, ruivas, negras, gordas ou com deficiências de modo a se garantir num mundo onde gira um comércio destinado a consumidores diversos. O que significa também abandonar uma postura preconceituosa de modo a não ficar para trás.