A experiência de viver isolado em outro país, distante de amigos, inspirou Fernando Cacciolari a compor suas primeiras canções. A saudade traduzida em música também serviu de impulso para ele se unir a outros músicos da cidade e criar a banda Hipertrópico. As primeiras gravações do recém-lançado EP já estão disponíveis nas plataformas digitais.

Imagem ilustrativa da imagem Banda Hipertrópico lança EP
| Foto: Acervo Pessoal

"Gravamos no ano passado três canções que compus durante o período que morei na Itália em busca que conseguir a dupla cidadania. Como não falava o idioma daquele país, acabei pegando o violão para tentar expressar minha saudade através da música”, relata Cacciolari sobre a viagem que aconteceu em 2016.

De volta ao Brasil um ano e meio depois, o londrinense relata que acabou sendo incentivado a gravar as músicas que havia composto. “Mostrei as canções para o Vinícius Carneiro, meu amigo que é guitarrista e resolvemos chamar outros músicos para formar a banda, que conta ainda com Pedro Lot (bateria), Roberto Moreira (baixo) e Rafael Ribeiro Felix (sopros), além de mim nos vocais e violão. Na gravação do EP, participaram também a Mariana Franco Estigarriba no baixo acústico, Daniel Mancebo na bateria, Sofia Pellegrini no sax da faixa Tesouros, e Alessandro Campagna, da Itália, no piano da Mediterrânea", destaca.

Caccioli comenta que o nome da banda foi inspirado em uma peça de teatro que ele assistiu na Itália. “Acho que Hipertrópico traduz uma busca em ir além ao mesmo tempo em que faz referência a influências tropicalistas tão presentes na música brasileira”, explica ao definir a sonoridade da banda como uma mistura de folk e nova MPB. “A gente traz influências tanto de artistas novos, como o Rubel, e também de artistas tradicionais como Milton Nascimento e de bandas internacionais", diz.

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| Foto: Divulgação

Enquanto intercala a recente carreira artística com o trabalho de designer gráfico, Caccioli e os demais integrantes da banda Hipertrópico aguardam o final da quarentena para dar início aos shows de divulgação do EP.

“A gente estava começando a produzir o material de divulgação da banda quando surgiu a pandemia. Por enquanto, ainda não temos previsão de quando faremos o nosso primeiro show. Talvez, antes disso a gente faça uma live. Ainda estamos nos planejando, mas já ficamos animados com o resultado no nosso primeiro trabalho de estúdio. As pessoas têm se identificado bastante com as músicas, apesar delas não terem aqueles refrões que grudam no ouvido. Acho que as pessoas gostam das canções porque não existe barreira para o sentimento que elas transmitem”, conclui.