Ainda durante a pandemia da Covid-19, a jornalista Rosane Barros, 60 anos, decidiu mudar a rotina e se mexer. Sedentária, com sobrepeso, dormindo e comendo mal, Barros começou a fazer caminhadas diárias no lago Igapó. E ali, no cartão postal de Londrina, se inspirou em outros praticantes para entrar no mundo das corridas.

"Tomar a decisão de fazer algo pra sair do sedentarismo e transformar em rotina nunca é fácil, mas eu cheguei à conclusão de que ou era isso ou seriam remédios. Não tem muito o que explicar sobre o processo: num dia você corre um pouquinho, caminha um monte e acha que nunca vai conseguir sair daquilo. No dia seguinte, aumenta um pouco mais o volume de corrida e, quando se dá conta, já está correndo sem parar e fazendo inscrição pra uma prova. Pronto: nasceu mais um corredor", relata.

A jornalista garante que a corrida a ajudou a ter disciplina em vários aspectos para melhorar a qualidade de vida. Passou a fazer musculação, fisioterapia, para corrigir a postura e prevenir fraturas, procurou uma nutricionista e passou a treinar com orientação profissional. "Essa coisa de pra correr basta colocar o tênis e sair correndo, não funciona na prática, pode acreditar", ressalta.

Rosane disputa provas de cinco e 10 quilômetros em Londrina e região e já está no radar participar de corridas mais longas como maratona e meia maratona. "Dentro dessa minha nova consciência sobre a importância da atividade física, sobretudo para pessoas que, como eu, já têm mais de 60 anos, vejo a corrida como uma forma leve, divertida e prazerosa de alcançar esse objetivo. Pensar em daqui a pouco correr uma maratona era algo inimaginável pra mim há dois anos, quando resolvi sair do sofá pra viver essa nova fase da minha vida", conta.