São Paulo - Candidato ao pódio, o atleta brasileiro do arremesso de peso Darlan Romani não participará dos Jogos Olímpicos de Paris devido a uma lesão.

"Após cuidadosa avaliação médica, foi detectada uma hérnia de disco que comprimiu e inibiu diversos reflexos musculares do corpo de Darlan", diz comunicado da assessoria do atleta divulgado nesta terça-feira (23).

"Com isso, foi recomendado que o atleta se abstivesse de competir para focar em sua recuperação e bem-estar. Nos próximos dias, Darlan - que atualmente não consegue caminhar por conta das dores - irá passar por uma cirurgia com o dr. Renato Ueta, especialista em cirurgias de coluna, em São Paulo", acrescenta a nota.

Darlan é o principal nome do país no arremesso de peso. Ele ficou em quinto na edição dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, quando alcançou o melhor resultado de um brasileiro na modalidade. Em Tóquio-2020, alcançou a quarta colocação na final.

Em 2022, sagrou-se campeão mundial indoor em Belgrado, na Sérvia, com uma marca de 22m53. Ele também é bicampeão panamericano em Lima 2019 e Santiago 2023.

Darlan alcançou o índice olímpico para competir em Paris durante o Troféu Brasil de Atletismo, em 2023, quando arremessou o peso a uma distância de 21m58.

Ele é a segunda baixa da delegação brasileira em Paris, que agora soma 275 atletas. O maratonista Daniel Nascimento foi flagrado em exame de doping e também não competirá na capital francesa.

PORTA-BANDEIRAS

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) anunciou na noite de segunda-feira (22) que o canoísta Isaquias Queiroz e a jogadora de rugby Raquel Kochhann serão os porta-bandeiras do país na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, a partir das 15h (de Brasília) de sexta-feira (26), em percurso de 6 km pelo rio Sena.

O baiano Isaquias, de 30 anos, é o único brasileiro a conquistar três medalhas em uma única edição dos Jogos: duas pratas (C1 1000m e C2 1000m) e um bronze (C1 200m) na Rio-2016. Levou o ouro em Tóquio-2020 no C1 1000m.

Já Raquel é uma das líderes da seleção feminina de rúgbi, conhecida como Yaras, e recém-recuperada de um câncer. Natural de Saudades, no Interior de Santa Catarina, ela sonhava em marcar gols no futebol, mas acabou no rugby sevens, liderando as Yaras desde as Olimpíadas do Rio.