Ratinho Junior espera concluir privatização da Compagas até julho
Desestatização da Companhia Paranaense de Gás está incluída na mesma lei de privatização da Copel, já aprovada pela Assembleia Legislativa
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
Desestatização da Companhia Paranaense de Gás está incluída na mesma lei de privatização da Copel, já aprovada pela Assembleia Legislativa
Celso Felizardo - Editor
A mesma lei que prevê a privatização da Copel também abre espaço para transformar a Compagas (Companhia Paranaense de Gás) em uma empresa privada. Durante a cerimônia de diplomação para o segundo mandato como governador, nesta segunda-feira (19), em Curitiba, Ratinho Junior (PSD) afirmou que o objetivo é renovar a concessão da companhia ainda este ano e fazer a privatização até julho de 2023.
De acordo com o governador, o plano é executar um grande projeto de distribuição de gás pelo Estado, com foco em levar a industrialização para o interior. No entanto, segundo ele, o projeto é inviável sem a agilidade das tramitações do setor privado. “O que nós vamos fazer é um grande projeto de distribuição de gás pelo Paraná. Hoje, o mundo inteiro está no setor privado. O poder público não acompanha essa ampliação do gasoduto do nosso Estado, para que a industrialização possa estar no interior. A industrialização depende de um gás industrial. Nós temos que fazer esse avanço”, afirmou.
Atualmente, a Copel detém 51% das ações da Compagas, os outros 49% da estrutura societária estão divididos igualmente entre a Commit Gás S.A e a Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda. A empresa ainda tem uma área de abrangência restrita: são apenas 53 mil clientes atendidos em 16 municípios paranaenses na Região Metropolitana de Curitiba, Campos Gerais e litoral. Ao todo, a companhia, que tem 160 colaboradores e distribui 2,1 milhões de metros cúbicos de gás por dia por um total de 860 km de rede construída.
Em coletiva de imprensa, Ratinho Junior também comentou sobre a privatização da Copel. O projeto foi aprovado no final de novembro na Assembleia Legislativa sob protestos de representantes sindicais e trabalhadores da empresa. O governador tornou a dizer que o modelo estatal representa atraso e impõe entraves à competitividade. “Só há três estados no país que ainda têm esse modelo estatal, que atrasa, que não tem velocidade para acompanhar o setor privado. Então a privatização é um avanço”, defende.
O chefe do Executivo frisou que o Estado continuará a ser o sócio majoritário da Copel. “Não estamos abrindo mão de o Estado ter, de certa forma, o comando. O Estado continua sendo dono da Copel e temos a garantia de empregabilidade para os funcionários. O Estado tem poder de veto, os gestores terão que cumprir aquilo que está no contrato. O que vai mudar é que a Copel terá velocidade. Ela vai ter a capacidade inclusive de disputar com Eletrobras como a maior empresa do Brasil. Esse é o nosso objetivo.”
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