Londrina teve mais um mês de saldo positivo na geração de empregos. Somadas as admissões e descontados os desligamentos, foram 272 novas vagas no mês passado, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta quarta-feira (29). Abril é o quarto mês consecutivo com variação positiva, mas os números de 2024 do município apontam uma desaceleração gradual desde janeiro.

O ano começou com saldo positivo de 1.613 postos formais de trabalho, em fevereiro houve uma ligeira redução, com 1.535, em março foi observada uma retração de 74,13%, encerrando o mês com 397 novas vagas e, no mês passado, uma nova queda, de 31,48%.

O resultado de abril coloca Londrina na 16ª posição entre as cidades paranaenses que mais geraram empregos com carteira assinada, abaixo de cidades bem menores, como Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). Com pouco mais de 11% da população total londrinense, de acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o município vizinho fechou o mês passado com 299 novas vagas.

O setor de serviços teve o maior número de contratações, com 154 postos de trabalho, seguido da indústria (79), comércio (30) e construção civil (19). A agropecuária terminou abril com saldo negativo de dez vagas, recuo de 0,91% ante março.

No acumulado do ano, Londrina contabiliza 3.721 novas vagas e nos últimos 12 meses, 7.017. Na comparação com abril do ano passado, houve queda, de 20,23%. Em abril de 2023, foram abertas 341 vagas formais de trabalho.

“Da mesma forma que quando se verifica elevação nos postos de trabalho do setor industrial, há uma distensão deste comportamento para os demais setores, o oposto também se revela verdadeiro. Uma diminuição no ímpeto de crescimento da indústria é um forte sinalizador que os outros setores também vão perder dinamismo”, avaliou o economista Marcos Rambalducci.

Ele ressaltou, no entanto, que há um componente natural de ajustes nestes resultados que precisam ser analisados com maior distanciamento. “A partir dos dados de maio, será possível configurar se realmente a economia local entra em um processo de menor geração de empregos ou se foi somente uma acomodação, o resultado dos meses de março e abril”, comentou o economista.

Rambalducci apontou também dois componentes que considera fundamentais para criar um ambiente de crescimento sustentável: a queda na taxa de inflação que se reverta em queda na taxa básica de juros. “Os juros caindo, estimularão o consumo e o investimento, mas é fundamental que estes dois argumentos não pressionem os preços”, afirmou.

Nas cidades vizinhas, o saldo de empregos também foi positivo. Rolândia teve o melhor resultado, com 299 vagas. Na sequência, estão Ibiporã (141), Cambé (112) e Arapongas (111).

Paraná

O Paraná também encerrou abril com saldo positivo. Foram 18.032 novas vagas, uma variação de 0,57% sobre março. O Estado teve o melhor desempenho na Região Sul. Rio Grande do Sul teve 13.512 novas vagas e Santa Catarina, 13.457.

O mercado de trabalho paranaense foi puxado pelo setor de serviços, o que mais contratou no mês passado, com 8.756. A indústria teve o segundo melhor resultado, com 4.595, seguida do comércio (3.008). Completam a lista a construção civil, com 1.536 postos, e a agropecuária, com apenas 137.

As três cidades paranaenses que mais geraram empregos no mês passado foram Curitiba (2.907), São José dos Pinhais (1.16) e Maringá (1.112).

Brasil

O Brasil fechou o mês com saldo de 240.033 resultado de 2.260.439 admissões e 2.020.406 desligamentos. No acumulado do ano, são 958.425 e, nos últimos 12 meses, 1.701.950. O setor de serviços foi o destaque na geração de novos postos formais de trabalho, com 138.309 vagas. Em segundo lugar, vem a indústria, com 35.990 postos, concentrados na indústria da transformação. Na construção civil foram 31.893, no comércio, 27.272, e na agropecuária 6.576.(Com Agência Brasil)