São Paulo - O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) registrou aceleração da inflação em maio, para 0,44%, após dois meses seguidas de alívio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em abril, a alta de preços havia sido de 0,21%.

O resultado deste mês ficou abaixo das expectativas do mercado. A mediana das estimativas levantadas pela Bloomberg junto aos analistas apontava para uma inflação de 0,47% em maio.

No acumulado dos últimos 12 meses, o IBGE registrou um índice de 3,70%, enquanto o mercado esperava que a inflação ficasse em 3,74% no período. Em março, a taxa era de 3,77% nesse recorte de tempo.

Também aferido pelo IBGE, o IPCA-15 se difere da inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, devido ao período de coleta, que ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação. Por ser publicado antes, o índice sinaliza uma tendência para a contagem oficial de preços do país.

O IPCA, por sua vez, é baseado em dados levantados apenas no mês de referência, e será divulgado no dia 11 de junho. Desta forma, o resultado fechado de maio ainda não aparece completamente na coleta do IPCA-15.

A inflação oficial é importante para as decisões de juros do país. O centro da meta perseguida pelo Banco Central é de 3% no acumulado de 2024.

A tolerância é de 1,5 ponto percentual para menos (1,5%) ou para mais (4,5%). Assim, a meta será cumprida se o IPCA ficar dentro do intervalo de 1,5% a 4,5% nos 12 meses até dezembro.

Atualmente, a inflação brasileira acumula elevação de 3,69% nos últimos 12 meses, ou seja, por enquanto está dentro da meta.

O mercado projeta que o IPCA encerre 2024 a 3,86%, segundo a mais recente edição do Boletim Focus divulgada pelo BC na última segunda-feira (27). O documento reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do país.