Criado há mais de 20 anos, o PEE (Programa de Eficiência Energética) da Copel (Companhia Paranaense de Energia) já investiu mais de R$ 530 milhões em projetos que tem como principal objetivo a eficientização energética nos diversos usos da energia elétrica. Em andamento, uma chamada pública do programa está garantindo investimentos que passam dos R$ 35 milhões para 41 hospitais públicos e filantrópicos do estado.

A iniciativa pioneira envolve a instalação de placas fotovoltaicas para a geração de energia solar, assim como a substituição de aparelhos de ar-condicionado, de esterilização e de pontos de luz, garantindo mais conforto para os pacientes e economia para o hospital. O assunto é o tema do terceiro episódio do programa “Conectando com a Copel”, uma série em quatro episódios que a companhia realiza em parceria com a Folha de Londrina.

O que é eficiência energética?

Na prática, pensar em eficiência energética é pensar em meios que garantam o uso racional e correto da energia elétrica. Uma das maiores companhias de distribuição de energia no Brasil, a Copel, em atendimento a legislação vigente, investe um percentual da sua receita em projetos de eficiência energética que trazem benefícios diretos à população.

Diretor de Operação e Manutenção da Copel, Julio Omori explica que de toda a energia que é produzida no Brasil, entre 15% a 18% é perdida, seja durante o trajeto pelas redes de transmissão ou distribuição ou por conta de instalações inadequadas e mau uso de equipamentos eletrônicos. “Esse programa vem justamente para incentivar a eficiência energética, tanto para reduzir essa perda quanto para trazer eficiência na utilização dessa energia para o consumidor no uso final”, aponta. Ao pensar e atuar em busca da eficiência energética, ele afirma que toda a população sai ganhando.

Para unidades de saúde

A Copel foi pioneira em destinar, por meio do PEE, um edital exclusivamente para hospitais públicos e filantrópicos. Em todo o Paraná, foram selecionados projetos de 41 hospitais em 33 municípios, sendo que oito ficam na região de Londrina: São Rafael, em Rolândia; Santa Casa, em Arapongas; Nossa Senhora das Graças, em Apucarana; Santa Casa, em Uraí; Casa de Saúde Dr. João Lima e Santa Casa, em Cornélio Procópio; e os hospitais Regional do Vale do Ivaí e Nossa Senhora de Fátima, ambos em Jandaia do Sul.

Santa Casa de Arapongas
Santa Casa de Arapongas | Foto: Jair Ferreira/Copel

O Programa de Eficiência Energética da Copel, regulamentado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), atua em diversas frentes, fazendo a substituição de aparelhos e equipamentos para famílias em situação de baixa renda, instituições beneficentes, universidades, escolas públicas e a modernização da iluminação pública de centenas de municípios paranaenses.

Nossa Senhora das Graças, em Apucarana
Nossa Senhora das Graças, em Apucarana | Foto: Jair Ferreira/Copel

Omori explica que a ideia de promover uma chamada pública exclusiva para as instituições de saúde públicas e filantrópicas veio através da sensibilização da Copel diante do papel assumido pelos hospitais durante a pandemia da Covid-19. “Nós criamos um projeto inédito do ponto de vista dos valores, da abrangência e das regras”, ressalta. O critério para fazer a seleção das propostas apresentadas pelos hospitais levou em conta dados como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos municípios em que estão localizados, número de leitos destinados ao SUS (Sistema Único de Saúde) e a dificuldade que cada instituição tinha para custear as despesas mensais com energia elétrica.

“A gente conseguiu contemplar instituições que, naquele momento e naquelas condições, estavam mais fragilizadas economicamente e com um estresse muito grande com essa saída da pandemia”, diz Julio Omori, que ressalta a importância que a energia elétrica tem dentro dos hospitais na garantia do funcionamento de todos os serviços prestados à comunidade.

Otimizar o consumo

Para o edital voltado à modernização das unidades de saúde, a Copel pretende investir até R$ 35 milhões. Os objetivos principais, de acordo com o diretor, é otimizar o consumo e promover a geração de energia dentro dos hospitais, para que o custo com o serviço fosse o menor possível.

Com uma vida útil estimada de até 25 anos, o sistema de geração de energia vai permanecer trazendo economia para os hospitais nas próximas décadas. Um dos casos é da Santa Casa de Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), onde foram instaladas 406 placas fotovoltaicas, além da substituição de quase 300 pontos de iluminação e mais de 60 aparelhos de ar-condicionado. “Isso proporciona uma qualidade melhor ao trabalho a ser desenvolvido na medicina e enfermagem”, afirma, complementando que alguns hospitais também receberam equipamentos novos de esterilização.

Com esse leque de melhorias promovidas pelo PEE, ele estima que os gastos com energia elétrica pelos hospitais podem sofrer, em média, uma redução entre 70 e 75% e o valor economizado pode ser reinvestido em outras melhorias para os pacientes e colaboradores.

O Programa de Eficiência Energética da Copel abrange vários projetos em diversas áreas e, anualmente, é realizada uma chamada pública em que podem ser contemplados condomínios residenciais (áreas comuns), indústrias, órgãos públicos, entre outros. Em andamento neste momento, a companhia tem uma chamada pública dedicada a escolas públicas, que selecionou e está em fase de elaboração de projetos em duas centenas dessas instituições, municipais e estaduais.

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