Um estudo realizado com jovens dos EUA e do Reino Unido, publicado recentemente no periódico Harvard Gazette, revelou uma tendência preocupante de aumento dos sintomas depressivos e sentimentos negativos entre adolescentes, nos últimos anos.

Desde o início da era dos smartphones, por volta de 2010, tem-se observado um aumento gradual e significativo desses sintomas, especialmente entre as meninas nos dois países. Sentimentos de baixa autoestima e autopercepção negativa, expressos em declarações como "sinto que sou um fracasso" e "não consigo fazer nada direito", são alarmantemente frequentes. As meninas, em particular, mostram um aumento acentuado na concordância com essas afirmações, indicando um declínio na saúde mental e no bem-estar emocional.

Além disso, declarações como "minha vida não é muito útil" e "a vida parece sem sentido o tempo todo" reforçam essa tendência, mostrando um crescimento exponencial de sentimentos de inutilidade e falta de propósito. Observou-se também um aumento nos sentimentos de infelicidade, preocupação constante e desesperança sobre o futuro, sentimentos que são mais pronunciados nas meninas, sugerindo que elas são mais vulneráveis aos impactos negativos do uso intensivo de smartphones e redes sociais.

Os dados obtidos no estudo destacam a necessidade urgente de intervenções focadas na saúde mental dos adolescentes. É essencial promover hábitos de uso saudável da tecnologia e oferecer suporte psicológico adequado para combater esses sentimentos negativos crescentes.


Ignorar esses sinais pode levar a consequências devastadoras para uma geração inteira. É imperativo que pais, educadores e líderes comunitários tomem medidas imediatas para garantir o bem-estar emocional dos jovens, antes que a situação se torne irreversível.