Quando as incertezas estão presentes, é comum que a maioria das pessoas hesite em tomar decisões e agir. A hesitação é quase instintiva; afinal, o ser humano tende a buscar segurança e evitar o desconhecido.

Em situações de incerteza, as pessoas frequentemente preferem opções que ofereçam resultados previsíveis. Elas evitam caminhos onde as probabilidades de sucesso são desconhecidas ou duvidosas. Igualmente, situações que envolvem pouca informação se tornam pouco confiáveis.

Nas empresas, muitos gerentes escolhem não explorar mercados cheios de incógnitas, mesmo que a oportunidade pareça promissora. Isso também se aplica a investimentos de alto risco, onde o medo de perder supera a tentação de ganhar. O mesmo vale para inovações, onde o medo sufoca a criatividade e impede o progresso.

No entanto, um dos piores efeitos desse comportamento conservador é sua influência na contratação de novos talentos. Perfis não convencionais, que poderiam trazer novas ideias e desafios, são frequentemente ignorados em favor de candidatos que se encaixam no perfil tradicional. O temor do desconhecido leva gestores a escolherem o que lhes é familiar, perdendo assim a chance de enriquecer suas equipes com habilidades e perspectivas diversas.

É fácil ver, então, por que a mediocridade se torna a norma em tantos ambientes. Quando o desejo de segurança se torna absoluto, ele nos empurra para o comodismo, e isso bloqueia a nossa capacidade de diferenciar para melhor.

É fundamental aprender a navegar nas águas incertas da ambiguidade, porque, como dizem, a zona de conforto pode até ser um lugar agradável.O problema é que nada cresce e nem se desenvolve lá.