Cento e quinze toucas de lã, confeccionadas de tricô por voluntárias, foram doadas ao Rio Grande do Sul, para vítimas da tragédia com as enchentes. Os itens foram produzidos pelo grupo de artesanato do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova (região central de Londrina), que se reúne semanalmente para desenvolver as atividades. Dez mulheres fazem parte do grupo, que está aberto para novos membros e para doações de materiais.

“Desde 2019, todo ano a gente faz toucas para doar. Neste ano, tivemos dificuldades e andamos comprando alguns novelos com um pequeno recurso que tínhamos. Depois, por graça de Nossa Senhora, uma pessoa conseguiu muitas lãs e doou, então, fizemos 115 toucas”, conta Kimiko Kawashima Matsuo, coordenadora do grupo.

Produzindo desde abril, quando ficaram prontas em maio, as voluntárias estavam decidindo para quem doar quando ocorreu a tragédia no Rio Grande do Sul. “Uma pessoa deu a sugestão de doar para o RS, todas concordaram, embalamos e levamos os pacotes no Sesc”, explica.

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TODA TERÇA

O grupo se reúne toda terça-feira, a partir das 14h, no Santuário ( R. Grajaú, 257). Quem quiser participar, pode ir até uma das reuniões. Basta ter algum talento para algum tipo de artesanato ou trabalho manual. De acordo com Kimiko, algumas voluntárias são boas de tricô e crochê enquanto outras sabem costurar. “Já fizemos bicos de crochê em pano de prato, colocamos no Bazar do Santuário para vender e arrecadar fundos”, comenta. Entretanto, quem tiver outros dons e talentos também podem participar.

Além de preparar alguns itens para serem vendidos com renda revertida para o trabalho voluntário, as participantes do grupo também ajudam em algumas atividades do Santuário. “Agora vamos começar a preparar a decoração da Festa Junina. Ano passado nós que fizemos as bolas da árvore de Natal”, revela Kimiko. Quem quiser doar materiais como lãs e outros itens para o trabalho das voluntárias pode deixar as doações no Santuário. As reuniões não têm apenas trabalho: toda terça elas fazem um lanchinho. “É um momento de descontração, a gente conversa e dá risada.”

Para o padre Rodolfo Trisltz, pároco e reitor do Santuário, esse trabalho voluntário é importantíssimo para o Santuário e para as participantes. “Sob todos os aspectos o grupo de artesanato é importante, desde o psicossocial, em que elas se reúnem, criam laços de amizade e vínculos, além do voluntariado, ajudando o próximo como talento que Deus deu a cada uma”, ressalta o sacerdote.

(Com informações da assessoria)