Três bairros de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) estão em situação de risco para surto de dengue por conta do número de criadouros ativos do mosquito. De acordo com os dados do Liraa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) divulgados na última quinta-feira (8), três bairros apresentaram o índice predial superior a 4%. Esse índice mede o número de domicílios com focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) o ideal é que o índice fique abaixo de 1%. O levantamento foi realizado entre 29 de agosto e 3 de setembro,

Os três bairros são Chácara Santa Maria (8), Cambé 5 (5,4) e Conjunto Habitacional Ulisses Guimarães (4,76). Além disso, outros sete bairros estão com índices que os colocam em situação de alerta para a dengue, sendo eles: Vila Operária (3,27), Campos Verdes (3,03),Jardim Alvorada (2,7), Castelo Branco (1,85), Ana Eliza (1,18), Conjunto Habitacional Morumbi (1,17) e Cristal (1,14).

O índice predial da cidade, que é uma média geral dos dados de todo o município, ficou dentro do esperado, atingindo 0,7. Essa porcentagem indica que, dentre os 2.675 imóveis vistoriados, foram encontrados 28 criadouros ativos do mosquito em 18 residências.

Daniele Rigone e Bibiana Fadul, coordenadora e supervisora das ações de campo da Secretaria de Educação, respectivamente, esclarecem que os dados gerais são bons, apenas algumas localidades apresentam índices altos de focos do mosquito. Segundo elas, foram encontrados quatro focos do mosquito em uma casa no Ulisses Guimarães ; e quatro em dois imóveis no Cambé V.

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CUIDADOS

Elas explicam que muitas pessoas esquecem de cuidar dos quintais, por isso o número de focos do mosquito aumenta. “Nós encontramos focos dentro de residências, em locais que são de fácil acesso, como em vasos de plantas e recipientes de água dos animais", detalham.

Elas reforçam a necessidade de a população chegar os objetos que possam acumular água todos os dias, não só depois de uma chuva.

De acordo com os dados do Liraa, a maior parte dos criadouros do Aedes aegypti foi encontrada nos quintais das casas, principalmente em garrafas, latas e entulhos. "Por menor que seja a quantidade de água, temos que ficar atentos”, pontuam.

Em Cambé, neste período epidemiológico, que começou em agosto de 2022 e finaliza em julho de 2023, foi confirmado um caso de dengue.

MUTIRÃO

Rigone e Fadul ainda detalham que um mutirão para recolher móveis, pneus, garrafas e outros objetos que possam acumular água foi finalizado no dia 3 de setembro. Foram recolhidos 46 toneladas de objetos de descarte.

Nas regiões em que o resultado do Liraa foi mais elevado será feito um trabalho diferenciado. Segundo elas, nos dias 15 e 16 de setembro, alguns agentes de endemia vão orientar a população que vive nesses bairros e no sábado, dia 17, um mutirão vai acontecer na região para recolher todo o tipo de material que possa acumular água. As servidoras da Saúde explicam que o caminhão vai passar no começo da manhã, por isso é ideal que as pessoas deixem o material na sexta-feira à noite.

Ainda de acordo com as servidoras, a última etapa dos mutirões nos bairros acontecerá em novembro em dezembro, logo após o resultado do sexto levantamento do ano, em outubro. É o periódo, reforçam em que as condições climáticas favorecem a infestação do mosquito Aedes. (Com informações da Secom Cambé)

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