Após dez meses de interdição, a travessa Belo Horizonte, no quarteirão entre a rua Paraíba e avenida Leste-Oeste, no centro de Londrina, enfim, foi liberado novamente para o trânsito na manhã desta terça-feira (3), com a retirada dos blocos de concreto pela secretaria municipal de Obras e Pavimentação e apoio da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização).

A volta da circulação de veículos e pedestres é resultado da demolição do barracão da década de 1950 que ficava no cruzamento, mas que corria o risco de desabamento, o que foi advertido pela Defesa Civil após vistoria no ano passado. Justamente por conta do perigo a via foi bloqueada em novembro, iniciando um imbróglio jurídico envolvendo parte dos herdeiros e o município.

LEIA TAMBÉM: PR-445 terá alterações no tráfego no acesso a Tamarana

A prefeitura entrou na Justiça pedindo que a estrutura fosse colocada abaixo pelos responsáveis, o que foi determinado pelo juiz, sob a possibilidade de pagamento de multa. A destruição do barracão começou em julho. No terreno ainda tem bastante material, como concreto e madeira. “O material que está dentro do barracão não tem nada a ver com a rua e não deve atrapalhar. Ainda vai demorar uns dias, porque é muito material para retirar”, destacou Vicente Teixeira, proprietário da empresa que realizou a demolição.

O empresário, porém, não descarta alguma interdição pontual na via para remover o entulho nos próximos dias. “A hora que for retirar devemos pedir para a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) autorização para ocupar uma parte da rua para o caminhão entrar no terreno”, comentou. “O principal foi feito, que era liberar a parte da rua (travessa Belo Horizonte), tirar os entulhos que estavam beirando a calçada, limpar a calçada, lavamos a rua”, acrescentou.

MURO

A destinação da área ficará a cargo de uma decisão posterior entre os herdeiros. O que deverá ser realizado nos próximos dias é a construção de um muro para isolar o espaço particular. "O muro será no lado em frente ao Empório Guimarães e na própria travessa”, frisou. No interior do terreno ainda é possível ver algumas paredes antigas em pé. “São paredes que não oferecem risco algum para quem está na rua”, garantiu.

O imóvel histórico serviu no passado para a produção cafeeira e de algodão. Hoje são 15 herdeiros, sendo que dois tinham o desejo de reformar a estrutura, o que foi negado pela Justiça depois que os demais proprietários – que haviam ingressado com uma ação para demolir antes mesmo do município – mostrarem no processo provas que reforçavam o risco de ruir.