Roda gigante é retirada da praça Tomi Nakagawa após problema
Brinquedo já havia sido interditado preventivamente pela Defesa Civil; equipamento deverá ser levado para manutenção
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 14 de dezembro de 2021
Brinquedo já havia sido interditado preventivamente pela Defesa Civil; equipamento deverá ser levado para manutenção
Pedro Marconi - Grupo Folha
Após o problema e a polêmica criada nas redes sociais envolvendo uma roda gigante de um parque de diversões instalado na praça Tomi Nakagawa, no centro de Londrina, na noite do último sábado (11), o brinquedo foi retirado no início desta semana. Segundo a empresa, o engenheiro responsável foi acionado após a intercorrência e foi quem solicitou o recolhimento da roda gigante, que deverá ser encaminhada para manutenção em São Paulo.
O parque segue na cidade até 17 de janeiro, entretanto, o equipamento não deve retornar. “Ficará em manutenção o tempo que for necessário. Demora até meses”, explicou Jorge Leandro, proprietário do Tukas Park. No fim de semana, uma das dez cabines da roda gigante enroscou e torceu, assustando quem estava no lugar. A gaiola era ocupada por um homem e um adolescente. Ninguém se machucou.
Leandro classificou a situação como um “incidente” e argumentou que pode ter sido provocado após um dos ocupantes supostamente balançar a cabine. “Orientamos todas as pessoas que vão na roda gigante a não balançar a gaiola. A cabine não chegou a cair. Ninguém está livre desse tipo de incidente”, defendeu, citando a trava da montanha-russa de um parque em São Paulo que soltou, também nesse fim de semana.
No domingo (12), a Defesa Civil já havia interditado preventivamente a roda gigante, colocando fitas de isolamento. A prefeitura informou que a empresa tem autorização da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) e recebeu vistoria do Corpo de Bombeiros para instalar o parque na praça.
PROCESSO
Na segunda-feira (13), o Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) fiscalizou o a roda gigante, gerando um relatório. Agora, a entidade vai aguardar o documento da Defesa Civil para abrir um processo administrativo para investigar a conduta do engenheiro mecânico responsável pela montagem. “Nesse processo, o Conselho Profissional analisa se ele cometeu imperícia, imprudência ou negligência na execução dos serviços, ou seja, na atividade profissional”, destacou o conselho. Durante o processo o profissional tem direito à ampla defesa.
O representante da empresa destacou que os demais brinquedos, cerca de nove, continuam funcionamento normalmente e estão em boas condições. “Ficou a mesma coisa. Não teve diferença nenhuma. No domingo o pessoal se divertiu, tudo normal. Os brinquedos são voltados para as crianças, não tem nada radical. O público que vai é família”, elencou ele, que cuida do parque há cerca de oito anos, desde a morte do pai.
Atualizada às 12h49
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