A partir desta terça-feira (20), cerca de 20 bolsistas técnicos vão realizar entrevistas com usuários de saúde de seis municípios paranaenses- Porecatu e Tamarana (Região Metropolitana de Londrina), Paula Freitas e Paulo Frontin (Sul), Rebouças e Teixeira Soares (Centro-Sul). É uma das etapas do projeto “Acesso a tratamento multiprofissional e interprofissional e adesão ao tratamento em pessoas com Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT)”.

O projeto, é desenvolvido pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) em parceria com a UFPR (Universidade Federal do Paraná) e a Unicentro (Universidade Estadual do Centro) e começou há pouco mais de dois anos.

A proposta é averiguar acesso de pacientes da rede pública ao atendimento multiprofissional e interprofissional, bem como as terapias e práticas de Doenças Crônicas não Transmissíveis em municípios de pequeno porte do Paraná. Entre as enfermidades comuns estão hipertensão, diabetes e osteoporose. O projeto é financiado pela Fundação Araucária.

Segundo o coordenador da pesquisa e professor do Departamento de Educação Física da UEL, Mathias Roberto Loch, esta é a terceira fase da pesquisa, que deverá levantar dados concretos sobre as condições de saúde da população destes municípios, bem como a qualidade de atendimento oferecida pelas Unidades Básicas de Saúde. (UBS).

Loch, que atua no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Centro de Ciências da Saúde, explica que os bolsistas técnicos foram contratados nas próprias cidades e têm formação superior. Os profissionais deverão, ao final, realizar 2 mil entrevistas com usuários do SUS. Os questionários deverão levantar questões gerais sobre saúde pública, acesso e percepções sobre o serviço oferecido.

LEIA TAMBÉM:

= Adultos com sequelas da pólio reforçam importância da vacina

= Abertas inscrições para a 7ª edição da Corrida e Caminhada Go Pink

A partir dos questionários, será possível fazer uma análise dos dados coletados que apontarão pontos fortes e fracos do atendimento. A partir de outubro, os pesquisadores pretendem iniciar a análise dos dados que gerarão relatórios a serem devolvidos às secretarias de Saúde de cada cidade envolvida. O documento deverá ser finalizado em novembro. O projeto deverá ser concluído em sua totalidade até maio de 2023.

MAPEAMENTO E INVESTIGAÇÃO

O estudo foi dividido em três etapas, sendo que em duas os dados já foram coletados. Na primeira fase, foi feito o mapeamento dos profissionais que atuam nos municípios. Na segunda etapa, foram investigados os profissionais de saúde vinculados a cinco Regionais de Saúde (Curitiba, Irati, Ivaiporã, Londrina e União da Vitória).

De acordo com o professor Loch, para ter acesso aos usuários das UBS, o apoio das respectivas secretarias foi fundamental. “(As secretarias) nos deram um ótimo apoio na fase anterior do projeto e, agora, em que o projeto irá investigar usuários do SUS a partir de entrevistas presenciais nos próprios municípios, tem sido ainda maior. O estudo só é possível por causa deste apoio”, destaca.

As entrevistas com usuários deverão ser realizadas com pacientes que aguardam nas filas. Ao final, a expectativa é de que o estudo gere conhecimentos que irão auxiliar na proposição de políticas e estratégias que melhorem a adesão a comportamentos considerados positivos para a saúde.

O projeto também contribui para a formação de estudantes de graduação e pós-graduação e aproxima as universidades envolvidas com os municípios de pequeno porte de sua região. A iniciativa conta ainda com a participação de alunos e professores com formação inicial em dez diferentes áreas do conhecimento: Administração, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Psicologia e Odontologia. (Com informações da Agência UEL)

¨¨

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1