Prefeitura negocia com empresa responsável pela obra da maternidade
Município não descarta conceder reequilíbrio financeiro no contrato para acalmar os ânimos da construtora, que pediu rescisão de contrato
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 19 de julho de 2022
Município não descarta conceder reequilíbrio financeiro no contrato para acalmar os ânimos da construtora, que pediu rescisão de contrato
Rafael Machado - Grupo Folha
A Prefeitura de Londrina está estudando a possibilidade de conceder um reequilíbrio financeiro no contrato com a construtora responsável pela reforma da Maternidade Municipal Lucilla Ballalai, na região central. Seria uma forma de acalmar os ânimos da empresa, que pediu a rescisão do acordo na semana passada.
Segundo o ofício obtido pela FOLHA, os representantes da Tekenge Engenharia reclamaram do atraso da obra, que deveria ser feita em 120 dias e entregue em outubro de 2020. Eles colocaram a culpa pela demora no poder público, que teria liberado "pequenas frentes de trabalho, o que aumentou os custos diretos e gerou prejuízo significativo".
De acordo com o secretário municipal de Obras, João Verçosa, o impasse não está totalmente superado. "Estamos em negociação com a empreiteira. Nos próximos dias, vamos tentar achar uma saída. Entendemos que é possível revisar o contrato, até pelo tempo de execução", explicou.
Para Verçosa, a rescisão seria a pior escolha. "É inviável. Imagina só um novo processo pra escolher outra empresa, sendo que o serviço, apesar de demorado, avançou nos últimos meses. Seria uma dor de cabeça enorme. Tenho certeza de que vamos chegar a um consenso", disse.
A última medição, feita no mês de maio, mostrou que a reforma atingiu 80%. O acordo prevê o repasse de R$ 6,8 milhões, mas a Tekenge recebeu até agora cerca de R$ 5,5 milhões.
LEIA TAMBÉM:
+ Estrutura provisória do terminal Ouro Verde ficará em avenida
COMO VAI FICAR
O pedido da construtora para rescindir o contrato foi feito no dia 5 de julho. Desde então, a solicitação tramita internamente na prefeitura. Diretores da Secretaria de Saúde explicaram o porquê da obra estar tão atrasada.
Segundo o documento que a reportagem teve acesso, os representantes justificaram que "o prédio da maternidade não poderia ser desocupado para a execução da reforma. Foram realizadas tratativas com alguns hospitais públicos para que abrigassem o atendimento, mas não obtivemos sucesso".
A secretaria esclareceu ainda "que surgiram necessidades de serviços que precisaram de aditivos e, uma vez que os trabalhos contam com recursos federais, é necessário que toda a documentação seja encaminhada para análise e aprovação, o que ocasiona um tempo maior de prorrogação".
Porém, os problemas tidos como "imprevisíveis" são coisa do passado. De acordo os diretores, "já foi possível remanejar os espaços e estão sendo providenciadas a liberação do corredor interno, cozinha, refeitório, consultório e sala de atendimento. Há expectativa de que a partir de agora não existam mais impedimentos", concluíram.
***
Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1