Principal cartão-postal de Londrina, o lago Igapó, na região sul, está com algumas estruturas básicas precárias. Pelo menos duas pontes, no lago dois, perto da sede da secretaria municipal Defesa Social, na rua Joaquim de Matos Barreto, estão sem a menor condição de passagem, oferecendo riscos para os frequentadores. Umas delas, por exemplo, está com as madeiras tortas, fazendo ondulações sobre a terra e o trecho de água.

Os locais haviam sido interditados recentemente pela Defesa Civil justamente pelos perigos. No entanto, as faixas zebradas acabaram arrancadas pelos próprios pedestres e a circulação voltou a acontecer normalmente, apesar da ameaça de acidentes. “Uma cidade do tamanho de Londrina, num lugar como esse, que atrai pessoas até de fora, chega a ser estranho ver pontes tão destruídas e que não tiveram a devida manutenção. Deixaram chegar no extremo para fazer algo”, opinou o analista de sistemas Diego Souza.

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Na manhã desta quarta-feira (15), servidores da prefeitura estavam isolado as pontes, começando pela que fica atrás da Defesa Civil. Além do retorno da faixa zebrada de plástico, também foram instaladas placas de cavaletes com a frase “trânsito impedido”. A promessa é de que as estruturas serão reformadas, com a madeira sendo substituída por passarelas metálicas.

O trabalho terá que ser terceirizado, ou seja, uma empresa contratada. Os projetos que vão embasar a licitação ainda estão na fase de confecção. Segundo a secretaria de Obras e Pavimentação, não existe uma data para que o edital seja publicado, o que significado que, por enquanto, não há um prazo para que as pessoas voltem a atravessar as pontes.

“Estamos cobrando o pessoal da área para que agilizem. Teremos pontes mais resistentes e com maior durabilidade”, afirmou o titular da pasta, João Verçosa. “Vamos retirar trechos do tablado para que as pessoas não usem a passarela de madeira. Vamos deixar impedido até o momento que tivermos a contratação de uma empresa para substituição das passarelas”, explicou.

SEM PESSOAL E MATERIAL

O secretário informou que o município, inicialmente, até tentou promover os reparos, porém, esbarrou na falta de pessoal e materiais. “Esse material tem uma vida útil e não temos material para substituir as peças e nem pessoas com experiência para esse tipo de trabalho. Buscamos orçamento fora do município, mas não foi possível a contratação, pois, precisaria de projetos”, detalhou.

O Igapó dois foi revitalizado em 2021 por R$ 657 mil, entretanto, as pontes não foram incluídas para receberem amplas melhorias. Situação diferente se comparado com o aterro, em que o certame previu intervenções nas pontes.

CORREÇÕES EM CALÇADAS

Reformado por cerca de R$ 1,2 milhão, o aterro não ficou completamente recuperado. Alguns pontos de calçada e de acessibilidade ficaram irregulares e a empreiteira não corrigiu, apesar de ter sido notificada pela prefeitura. A empresa, inclusive, foi multada em R$ 79 mil. Os reparos agora serão executados pelo poder público, que está com uma licitação em aberto para contratar uma construtora para fazer calçadas no geral na cidade. Com o vínculo firmado o aterro será incluído nos serviços.