Um soldado lotado no 30º Batalhão da PM (Polícia Militar) foi preso preventivamente nesta sexta-feira na casa onde mora, num condomínio na região da avenida Garibaldi Deliberador, zona sul, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com apoio da corregedoria da corporação. O militar é suspeito de possuir armamento de uso restrito e anabolizantes.

A investigação começou há cerca de dois meses, depois que uma espingarda semiautomática, carregadores modelo caracol, pistola que pertencia a um policial militar que faleceu, revólver e munições, inclusive de fuzil, foram apreendias num apartamento de luxo na Gleba Palhano. Foi o proprietário do imóvel, que estava vazio, quem fez a denúncia ao chegar no local e encontrar todos os materiais, no entanto, sem saber a origem.

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Após análise câmeras de segurança foi observado que o policial é quem teria deixado os objetos no apartamento. “Por algum motivo ele acabou acionando um andar diferente. Ele não se atentou para isso e entrou no imóvel desocupado. Deixou o material achando que seria seguro. O verdadeiro proprietário, ao encontrar, chamou a PM”, explicou Jorge Barreto da Costa, coordenador do Gaeco em Londrina. A esposa deste PM tem um imóvel no mesmo prédio. Os promotores acreditam que o policial deixou os materiais por engano no outro imóvel.

Foram cumpridos nesta sexta o mandado de detenção contra o policial, que está de férias, e outros quatro de busca e apreensão em endereços ligados a ele. “Na prisão preventiva e do mandado de busca encontramos munição de uso restrito e permitido, silenciador para arma de fogo, anabolizantes que têm a venda proibida no Brasil. Além disso, foram apreendidos apetrechos que são usados como base de fabricação dos anabolizantes”, listou.

Até por volta do meio-dia o PM ainda não tinha sido ouvido na sede do Gaeco. Ele poderá responder pelos crimes de posse de armamento e munição de uso restrito e sem identificação e produção, comércio e tráfico de substância sem autorização legal. O 30º Batalhão informou que não vai se manifestar sobre o caso.