Um buraco que teria aparecido há cerca de dois meses no final da rua Tanganica, na zona norte de Londrina, após fortes chuvas, se transformou numa cratera, que nas últimas quatro semanas, aproximadamente, vem recebendo intervenções de servidores da prefeitura para correção. Os serviços, junto com o problema, têm gerado transtornos para moradores, comerciantes e motoristas que passam pela via, que é a ligação entre bairros.

O trecho entre as ruas Omar Mazzei Guimarães e José Geraldo Canezin, na divisa do Ouro Verde com o Nova Olinda, está interditado por conta dos trabalhos e da própria cratera, que atualmente ocupa praticamente as duas pistas e até a calçada. Mesmo com os cavaletes sinalizando os perigos, alguns ciclistas, motociclistas e pedestres se arriscam passando pelo local.

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Os ônibus estão tendo que desviar a rota por dentro do bairro. “Começou com um buraco pequeno depois que choveu, entre janeiro e março, e conforme o tempo foi passando foi aumentando. Suspeito até que foi essa estrutura que estão mexendo agora que influenciou no alagamento no condomínio que fica na quadra de baixo”, relatou a dona de casa Maria Gonçalves.

A situação que a moradora se refere foi em uma erosão que surgiu na base de um dos prédios do condomínio residencial. A crítica é em relação à suposta lentidão dos trabalhos na Tanganica. "Está devagar, quase parando. Tem vários servidores, mas parece que estão lentos”, constatou o aposentado Irineu Gazola.

Donos de uma padaria que fica a poucos metros da cratera têm visto a diminuição na procura dos clientes desde que a rua foi bloqueada. “Tem atrapalhado muito. Perdemos, no mínimo, 40% no faturamento. A destruição começou no começo do ano, quando deu a chuva forte e depois foi só piorando”, destacou Afonso Campos.

CAIXA DE PASSAGEM

A FOLHA procurou a secretária municipal interina de Obras e Pavimentação, Margareth Pongelupe, que informou que as melhorias são numa tubulação que tinha estourado. A reportagem apurou que as intervenções envolvem a construção de uma caixa de passagem de água pluvial e correção das tubulações. A previsão é que tudo seja concluído em até dez dias, se o tempo continuar sem chuvas.