Obra na Ayrton Senna deve ser concluída em 20 dias
Projeção é da prefeitura de Londrina; ciclofaixa será retirada para dar lugar à terceira faixa para veículos; cruzamento em rotatória terá semáforos
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quinta-feira, 10 de setembro de 2020
Projeção é da prefeitura de Londrina; ciclofaixa será retirada para dar lugar à terceira faixa para veículos; cruzamento em rotatória terá semáforos
Pedro Marconi - Grupo Folha
Quase três meses após ser iniciada, a obra para implantação de uma terceira faixa de rolamento para veículos na avenida Ayrton Senna, zona sul de Londrina, está com quase 80% concluídos. Segundo o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, a projeção é de que os trabalhos sejam finalizados em até 20 dias. “A parte mais difícil já foi feita”, garantiu. A ordem de serviço foi assinada em maio, mas as atividades só começaram em junho, com prazo de 90 dias.
A empresa responsável já terminou a readequação da rotatória entre as ruas Professor Joaquim de Matos Barreto e Bento Munhoz da Rocha Neto, com a diminuição da estrutura. “Agora está sendo readequado o canteiro central ao longo da Ayrton Senna e o meio-fio", explicou. A rotatória da avenida com a rua Ernani Lacerda de Athayde também está sendo redimensionada, com a redução do atual tamanho. O custo dos trabalhos é de R$ 620 mil.
Uma parte do recape asfáltico já foi feita, com a recuperação de algumas ondulações que existiam ao longo do trecho. Nos próximos dias, a ciclofaixa, que tem aproximadamente um quilômetro de extensão, será retirada, dando lugar a vagas de estacionamento para a nova pista. “Vão ser retirados os tachões e onde é ciclofaixa os carros vão estacionar em faixa contínua, próximos ao meio-fio", explicou o secretário. No sentido lago Igapó, o estacionamento que hoje é na diagonal também será horizontalizado, suprimindo parte das vagas.
POLÊMICA
Desde o anúncio das intervenções, a remoção da faixa para ciclistas vem gerando polêmica. Ciclistas realizaram manifestações, pedindo a manutenção da faixa. Entretanto, as solicitações não surtiram efeito. A prefeitura alegou que irá compensar com outras ciclofaixas nas proximidades. “A ciclofaixa poderia ser mais utilizada se tivesse continuidade. Num momento em que se fala de mobilidade urbana, a retirada parece um contrassenso”, opinou a recepcionista Angela Rosa, que costuma utilizar a bicicleta para algumas locomoções.
Segundo Verçosa, a contrapartida já está acontecendo, com a ciclofaixa sendo estendida por todo o lago Igapó 2 e aterro. “É uma obra a partir de um estudo do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) e importante para aquela região, onde o trânsito está ‘estrangulado’. Além disso, vai oferecer mais segurança. Do jeito que estão o estacionamento e a ciclofaixa, muitos pedestres se arriscam entre os carros”, defendeu o secretário.
SEM BLOQUEIOS
Os serviços já promovidos ocorreram, em grande maioria, sem necessidade de impedir totalmente a passagem dos veículos. O mesmo deve ocorrer nas ações restantes, incluindo o recape na via, que vai chegar até o cruzamento com a avenida Madre Leônia Milito. Já na rotatória após o final da Maringá, onde a melhoria no asfalto foi findada, uma nova sinalização foi pintada, contemplando as três faixas.
“Uma parte da obra atrapalhou bastante o trânsito e faltou os agentes da CMTU acompanharem e indicarem melhor o fluxo. Entretanto, foi uma etapa vencida. Acredito que vai ajudar bastante ter mais uma opção para os motoristas, porque a avenida Ayrton Senna, em horários de pico, é uma dificuldade para passar. Perdemos muito tempo. A solução, aparentemente, foi simples, comparado ao que deve ser o resultado”, elencou Luciano Batista, representante comercial e morador da Gleba Palhano.