Mulher confessa furto de vacina contra Covid-19 em Apucarana
Ela foi presa em flagrante e disse à polícia que queria ajudar uma família; Saúde abriu sindicância para investigar o desvio de imunizante
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 18 de maio de 2021
Ela foi presa em flagrante e disse à polícia que queria ajudar uma família; Saúde abriu sindicância para investigar o desvio de imunizante
Pedro Marconi - Grupo Folha
A comissão de sindicância da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana (Centro-Norte) irá ouvir testemunhas do
caso da suposta técnica de enfermagem que atuou como voluntária na vacinação contra a Covid-19 na cidade, no Complexo Esportivo Lagoão. A oitiva deverá ocorrer entre os dias 21 e 24 maio. Vão prestar depoimento os organizadores e responsáveis pela vacinação em drive-thru. O prazo de conclusão da sindicância é de 30 dias. “Vamos apurar rigorosamente os fatos através da sindicância interna e colaborar com a investigação da Justiça. Somos os principais interessados em esclarecer esse caso”, garantiu o diretor presidente da autarquia, Roberto Kaneta.
No sábado (15), no momento em que a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dela, foi encontrado um frasco do imunizante AstraZeneca, com cinco doses, um vidro de Coronavac, com número ainda não determinado de doses, e um outro vazio, além de seringas e cartões de vacinação de Apucarana, resultando na prisão em flagrante. Ela teve a detenção convertida em preventiva pela Justiça.
Em depoimento à Polícia Civil, a suspeita confirmou o desvio da vacina contra o coronavírus e alegou que fez isso para aplicar numa família da região Noroeste, a qual seria muito grata por, segundo ela, terem lhe oferecido emprego no passado. Esta mesma família tem uma empresa em Apucarana.
Segundo a prefeitura da cidade, a mulher começou a atuar como voluntária na campanha de vacinação após se apresentar como técnica em enfermagem, no entanto, ela não tem formação na área e a experiência que tem é como cuidadora de idosos. O MP-PR (Ministério Público do Paraná) sustenta que requereu ao Juízo a expedição do mandado após denúncia de que a falsa enfermeira teria oferecido doses de vacina a pessoas não contempladas nos grupos prioritários por meio WhatsApp.
Na segunda-feira (17), deputados que integram a comissão especial criada na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) para apurar possíveis irregularidades na vacinação contra a Covid-19 aprovaram um requerimento de diligência para Apucarana. (Com informações da Prefeitura de Apucarana)
Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.