Manifestantes de Londrina pedem paz na política
Ato pacífico em memória do guarda municipal assassinado em Foz do Iguaçu reuniu cerca de 50 pessoas no centro da cidade neste sábado (16)
PUBLICAÇÃO
sábado, 16 de julho de 2022
Ato pacífico em memória do guarda municipal assassinado em Foz do Iguaçu reuniu cerca de 50 pessoas no centro da cidade neste sábado (16)
Marcos Roman - Grupo Folha
Em memória do guarda municipal petista Marcelo Arruda, assassinado pelo policial penal federal bolsonarista Jorge Guaranho a em Foz do Iguaçu, no último fim de semana, representantes de movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos de Londrina realizaram na manhã deste sábado (16) um ato no Centro da cidade pedindo o fim dos crimes brutais causados pela intolerância política no país. Com o slogan “Chega de ódio, somos pela paz”, os manifestantes se reuniram às 9 horas, em frente ao chafariz localizado no início da Avenida Paraná e, cerca de uma hora depois, seguiram em caminhada silenciosa pelo Calçadão até a Concha Acústica, onde algumas lideranças discursaram. O manifesto reuniu cerca de 50 pessoas e terminou por volta das 11h30.
Leia mais: Simulação da Polícia Militar tem tiros, explosões e correria
"Em respeito ao luto pela morte do Marcelo Arruda, optamos por fazer essa caminhada em silêncio. Nosso objetivo não foi reunir uma multidão. O que queremos é chamar a atenção para o aumento dos crimes de ódio que estão ocorrendo no país e que devem se tornar ainda mais frequentes com a proximidade das eleições. Para evitar isso, resolvemos sair às ruas pedindo paz”, destacou Laurito Filho, diretor de informação do Sindicato dos Bancários de Londrina e região.
Ele lembrou de alguns casos recentes de crimes que ocorreram no Brasil motivados pela intolerância. “Tivemos o caso do Dom e do Bruno que lutavam pela defesa da Amazônia e foram brutalmente assassinados. O assassinato de Genivaldo [de Jesus], que foi torturado e assassinado pela polícia que utilizou câmara de gás lembrando muito as práticas de genocídio adotada pelos fascistas. E a morte da Mariele Franco, no Rio de Janeiro. Todos esses crimes grotescos foram cometidos contra pessoas com visual e comportamento diferente do estipulado pela chamada tradicional família brasileira. É preciso lembrar que a democracia consiste na convivência pacífica entre pessoas com visões de mundo divergentes que atuam para um mundo melhor. Precisamos defender a democracia e a liberdade de pensamento”, enfatizou.
Com balões brancos, faixas e cartazes, a caminhada pela paz chamou a atenção que quem estava passeando ou trabalhando no Calçadão. “Acho que todos têm direito de se manifestar, mesmo os que pensam diferente da gente, desde que se mantenha o respeito às opiniões alheias. Estão certos em pedir paz. Realmente esses crimes bárbaros que têm acontecido precisam acabar”, ressaltou o técnico de informática Antônio Mendes da Silva. “Paz é realmente uma coisa em falta no Brasil ultimamente. Tomara que as pessoas voltem a se respeitar e a se ajudar ao invés de ficarem brigando por políticos”, salientou a vendedora Maria do Carmo Ferreira.
“Estamos vivendo um momento importante para a reconstrução do Brasil. Cada um de nós precisa refletir todos os dias sobre o que temos feito para ajudar nesse processo, pois político de nenhum partido vai conseguir mudar o Brasil sozinho”, discursou Milena Poloni, integrante do movimento Levante Popular da Juventude – Londrina.
Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1