Uma jiboia chegou terça-feira (dia 21) ao Hospital Veterinário da UniFil para exames, reabilitação e cuidados até ser encaminhada a um local adequado para viver. A cobra de aproximadamente 1 ano e meio estava no meio de uma carga de madeira vinda do Nordeste. Na hora de descarregar o caminhão, sexta-feira (17), em Mandaguari, pessoas viram a serpente e acionaram órgãos ambientais.

A médica-veterinária Daniele Martina, coordenadora do Hospital Veterinário, diz que exames identificaram algumas escoriações na cobra. Essa espécie mais comum do Nordeste pode crescer até 1,5 metro e chegar aos 30 anos de vida. "O ideal é devolvê-la ao habitat natural, mas o retorno ao Nordeste exige uma operação mais difícil e custosa. Vamos aguardar o IAT (Instituto Água e Terra) definir a destinação, que pode ser um santuário, zoológico ou outro local apropriado para essa jiboia sobreviver", explica.

Daniela Martina informa que não é uma cobra peçonhenta. "Mesmo assim o instinto agressivo está presente. Como tem muitos dentes, sua mordida provoca muito sangramento e a grande quantidade de bactérias na boca pode contaminar o ferimento, causando risco de infecção e inflamação”, detalha. “Os primeiros socorros precisam ser imediatos para limpar o local e evitar maiores problemas", orienta a veterinária. Após a mordida, a jiboia se enrola na presa e provoca a constrição (interrupção de fluxo sanguíneo e oxigênio). (Com informações da assessoria)