Um incêndio de grandes proporções, nesta quinta-feira (26), tomou conta de uma área de mata nas proximidades do aterro do lago Igapó, na Gleba Palhano, na zona sul de Londrina, assustando moradores e comerciantes. Todas as equipes do Corpo de Bombeiros da cidade foram para o local, nas proximidades das ruas Jerusalém, Colina Verde e avenida Faria lima. Caminhões-pipa particulares e da prefeitura foram utilizados no combate às chamas. Um condomínio precisou ser esvaziado.

Imagem ilustrativa da imagem Incêndio de grandes proporções toma conta de mata na zona sul
| Foto: Bruno Souza

Não há informações sobre o que provocou o início das chamas, que rapidamente se alastraram, levadas pelo vento, destruindo dezenas de árvores e vegetação. A fumaça tomou conta do céu e pôde ser vista de vários pontos, mesmo distantes. A fuligem deste fogo atingiu o telhado de palha de um espaço comum de um condomínio na rua Toshio Imai, queimando a estrutura.

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| Foto: Bruno Souza

Até o momento de publicação desta matéria, não havia confirmações de vítimas humanas ou animais. No entanto, era possível visualizar diversos idosos e tutores de animais saindo das casas e apartamentos próximos com panos no rosto devido à intensa fumaça.

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Até por volta das 13h30, o Corpo de Bombeiros informou que já tinham sido consumidos 60 mil litros de água, e ainda havia focos de incêndio. A reportagem questionou sobre o número de profissionais que trabalham no local, mas o tenente responsável pela equipe não pôde dar entrevista por ainda estar no combate às chamas.

'LEVEI UM SUSTO'

A recepcionista Amanda Tenório, 23, tinha acabado de chegar do trabalho, no início da tarde. "Eu levei um susto (quando viu as chamas), estava no trabalho e não sabia de nada. Meu filho daqui a pouco vai chegar da creche. Não dá pra respirar aqui. Um absurdo. Liguei pra minha mãe agora. Falei: 'mãe, tá pegando fogo aqui em frente de casa'", detalhou. Tenório mora com a mãe, o filho de dois anos e o avô.

Já o empresário autônomo Gabriel Rossi viu o incêndio desde o início. "Eu comecei a ouvir barulho muito alto. Eu pensei que era uma construção aqui em cima que o pessoal estava fazendo e, ao olhar, (viu que eram) estalos muito altos", comenta. "Eu fiquei preocupado e vim ver o que estava acontecendo, porque de repente a gente tem que tomar uma providência mais rápida".

Quanto ao prédio nas proximidades, Rossi também presenciou a ocorrência. "Eu vi de longe, ouvi o pessoal gritando, daí eu fui ver. O prédio estava pegando fogo mesmo, no ar-condicionado. Só que só na parte de fora e estava saindo bastante fumaça escura. Eu vi o pessoal gritando e os bombeiros já tinham chegado nessa hora. E o pessoal atendeu rápido. Os bombeiros foram com o carro mais perto e acredito que eles conseguiram", conta.

A reportagem tentou contato com a proprietária do apartamento incendiado, mas ela não estava mais no local.

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| Foto: Bruno Souza

CONDOMÍNIO ESVAZIADO

Moradores do condomínio que teve a choupana incendiada tiveram que sair dos prédios por recomendação do Corpo de Bombeiros. De acordo com as informações da síndica do Forest Park Residence, Ana Paula Marcos, a situação causou pânico.

"Todo mundo precisou sair dos prédios por causa do risco. Agora a recomendação é continuar molhando o espaço com as nossas mangueiras. Eles [os bombeiros] já nos avisaram que podem precisar de mais água", relata a gestora.

OCORRÊNCIAS

Do dia 1º de setembro até o começo da tarde desta quinta-feira (26) os Bombeiros atenderam 68 casos de incêndio em vegetação em Londrina. A média é de praticamente três registros por dia. Na tarde de quarta-feira (25), o fogo numa mata no fundo do jardim Europa, na zona sul, ameaçou atingir o Parque Arthur Thomas. (Colaborou Larissa Ayumi Sato)

Em atualização