Incêndio de grandes proporções toma conta de mata na zona sul
Fuligem atingiu telhado de palha de área comum de condomínio nas proximidades do fundo de vale, na Gleba Palhano
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
Fuligem atingiu telhado de palha de área comum de condomínio nas proximidades do fundo de vale, na Gleba Palhano
Pedro Marconi - Reportagem Local e Bruno Souza - Especial para a FOLHA
Um incêndio de grandes proporções, nesta quinta-feira (26), tomou conta de uma área de mata nas proximidades do aterro do lago Igapó, na Gleba Palhano, na zona sul de Londrina, assustando moradores e comerciantes. Todas as equipes do Corpo de Bombeiros da cidade foram para o local, nas proximidades das ruas Jerusalém, Colina Verde e avenida Faria lima. Caminhões-pipa particulares e da prefeitura foram utilizados no combate às chamas. Um condomínio precisou ser esvaziado.
Não há informações sobre o que provocou o início das chamas, que rapidamente se alastraram, levadas pelo vento, destruindo dezenas de árvores e vegetação. A fumaça tomou conta do céu e pôde ser vista de vários pontos, mesmo distantes. A fuligem deste fogo atingiu o telhado de palha de um espaço comum de um condomínio na rua Toshio Imai, queimando a estrutura.
Até o momento de publicação desta matéria, não havia confirmações de vítimas humanas ou animais. No entanto, era possível visualizar diversos idosos e tutores de animais saindo das casas e apartamentos próximos com panos no rosto devido à intensa fumaça.
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Até por volta das 13h30, o Corpo de Bombeiros informou que já tinham sido consumidos 60 mil litros de água, e ainda havia focos de incêndio. A reportagem questionou sobre o número de profissionais que trabalham no local, mas o tenente responsável pela equipe não pôde dar entrevista por ainda estar no combate às chamas.
'LEVEI UM SUSTO'
A recepcionista Amanda Tenório, 23, tinha acabado de chegar do trabalho, no início da tarde. "Eu levei um susto (quando viu as chamas), estava no trabalho e não sabia de nada. Meu filho daqui a pouco vai chegar da creche. Não dá pra respirar aqui. Um absurdo. Liguei pra minha mãe agora. Falei: 'mãe, tá pegando fogo aqui em frente de casa'", detalhou. Tenório mora com a mãe, o filho de dois anos e o avô.
Já o empresário autônomo Gabriel Rossi viu o incêndio desde o início. "Eu comecei a ouvir barulho muito alto. Eu pensei que era uma construção aqui em cima que o pessoal estava fazendo e, ao olhar, (viu que eram) estalos muito altos", comenta. "Eu fiquei preocupado e vim ver o que estava acontecendo, porque de repente a gente tem que tomar uma providência mais rápida".
Quanto ao prédio nas proximidades, Rossi também presenciou a ocorrência. "Eu vi de longe, ouvi o pessoal gritando, daí eu fui ver. O prédio estava pegando fogo mesmo, no ar-condicionado. Só que só na parte de fora e estava saindo bastante fumaça escura. Eu vi o pessoal gritando e os bombeiros já tinham chegado nessa hora. E o pessoal atendeu rápido. Os bombeiros foram com o carro mais perto e acredito que eles conseguiram", conta.
A reportagem tentou contato com a proprietária do apartamento incendiado, mas ela não estava mais no local.
CONDOMÍNIO ESVAZIADO
Moradores do condomínio que teve a choupana incendiada tiveram que sair dos prédios por recomendação do Corpo de Bombeiros. De acordo com as informações da síndica do Forest Park Residence, Ana Paula Marcos, a situação causou pânico.
"Todo mundo precisou sair dos prédios por causa do risco. Agora a recomendação é continuar molhando o espaço com as nossas mangueiras. Eles [os bombeiros] já nos avisaram que podem precisar de mais água", relata a gestora.
OCORRÊNCIAS
Do dia 1º de setembro até o começo da tarde desta quinta-feira (26) os Bombeiros atenderam 68 casos de incêndio em vegetação em Londrina. A média é de praticamente três registros por dia. Na tarde de quarta-feira (25), o fogo numa mata no fundo do jardim Europa, na zona sul, ameaçou atingir o Parque Arthur Thomas. (Colaborou Larissa Ayumi Sato)
Em atualização