Cascavel - A equipe do Huop (Hospital Universitário do Oeste do Paraná), em Cascavel (Oeste), realizou mais uma captação de rins na madrugada desta quinta-feira (9). O transplante desse órgão é o mais procurado e o que possui a maior lista de espera no Paraná e no país. “Existe uma terapia que ajuda o paciente aguardar esse transplante, que é a hemodiálise, e isso prolonga a vida, e possibilita viver alguns anos esperando um órgão compatível. Sendo assim, é comum que a lista seja maior”, explica a coordenadora da Cihdott/Huop (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), Elaine Padilha.

Imagem ilustrativa da imagem Família de paciente autoriza doação de rim em Cascavel
| Foto: Divulgação - Huop

Apesar de ser um órgão bastante procurado, o rim, também é o mais versátil para transplante, segundo informações do Huop. “Não há limite de idade para que possa ser feita a captação e, por isso, a doação de rim é bem comum no hospital”, diz Padilha. Além disso, o órgão possui um tempo maior para que possa ser transplantado. “Mesmo assim, quanto mais rápido for realizado maior a chance de sucesso”, ressalta a coordenadora.

SENSIBILIZAÇÃO

A doação dos rins nessa madrugada foi autorizada pela família de uma mulher de 75 anos.
Ela estava internada no Hospital Universitário desde o dia 5 de julho e nesta quarta-feira (8) foi confirmada a morte encefálica. A família foi acompanhada pela comissão de doação de órgãos e foi sensibilizada da importância da doação.

PROTOCOLOS DE SEGURANÇA

“É importante ressaltar que nesse momento da pandemia da Covid-19, respeitamos todos os protocolos de segurança. O paciente é submetido ao exame, o RT PCR, que comprova se há contato ou não com o vírus.", ressalta Padilha. "Ou seja, não existe risco, e a doação dos órgãos continua sendo essencial para salvar vidas”, acrescenta ela.

“Nós da comissão sempre nos emocionamos com as doações, e com o fato de que, mesmo diante do luto, as famílias são capazes de realizar um ato tão nobre de doação e generosidade ao próximo. Isso nos dá ânimo para seguir com nosso trabalho”, afirma a enfermeira da comissão de transplantes, Gelena Versa.